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Olá, boleiros!!!!

Depois de quatro meses estamos cá de volta! A ASTRA 21 pronta para recebê-los de braços abertos e com o gramado mais perfeito do RN, onde a prática do bom futebol só é limitada aos perebas. E perebas não é o que se vê no campeonato da ASTRA 21 (SQN!!!).

De início, lamentamos a saída dos times coirmãos da Justiça Federal e do TRE, agradecendo a valiosa participação e que engrandeceram, enormemente, durante os anos em que estiveram presentes e deram um caráter institucional ao nosso certame. Em seus lugares, chegaram mais um time dos Advogados, que passam a ter dois representantes (Masters e Supermasters) e o RFC, também conhecido como "A Panela do Rifo". Sejam bem-vindos e que façam uma grande temporada.

Para matar a saudade da bola nada melhor do que duas rodadas cheias seguidas. A primeira já foi e o que vimos foram goleadas, algumas surpreendentes. A próxima no sábado que virá. A "Poderosa" SEA/REAL, decepção no segundo turno em 2022, veio com peças novas e atropelou o Parquet. Este, eu acredito, estava num dia que nada deu certo. Giovani, Júnior e Companhia têm muito mais bola para mostrar. Por enquanto, as bolas só entraram (Ops!).

Da mesma forma o Supermasters dos Advogados. Uma alegria rever Pegado, Gugu e Siro depois de tantos anos de ausência. No papel, um timaço a dar trabalho a qualquer equipe. Faltou entrosamento e mais condicionamento físico. O MBJrs estreou um uniforme vistoso e mostrando que veio, mais do que nunca, como um dos favoritos.

TJ e Advogados Masters foi jogo e placar atípicos. Dois times muito bons com figuras já conhecidas. Ocorre que o TJ não se encontrou em campo e a qualidade do time dos Masters, que defende o título de 2022, não permitiu qualquer cochilo. Chocolate de 5 x 0 bem antes da Páscoa.

Deixei o jogo Piratas e RFC para o final de propósito. Havia uma expectativa pela formação da "Panela do Rifo". O time é bom! Confesso, os nomes não surpreenderam, senão as estreias de Hugo Coriolano e Marconi.  Os demais todos nós já conhecemos e, assim como as demais equipes, tem nome e passado para brigar por uma vaga nas semis. Os Piratas, desde o ano passado, vêm mostrando evolução e já não são os pernas-de-pau que um dia fizeram questão de se auto-proclamarem.

Porém, o que se viu no sábado à tarde na sede da ASTRA 21 foi uma das maiores exibições individuais de um jogador. Estou nesse campeonato há 23 anos. Sou o contador das histórias e o guardador das memórias dessa nossa brincadeira institucionalizada. Ao longo desse tempo, tivemos jogadores capitais, jogadas geniais, defesas inacreditáveis, gols inesquecíveis (inclusive um golaço contra), lances e exibições que, com profundas raízes, como as canções, em nossa memória vão ficar.

Porém, ratificando o sol abrasador de uma partida jogada sob o sol das 14h, Scala só não fez chover!!!

Conheço-o desde menino. Ainda era Scalinha quando surgiu no pátio e ginásio da mesma escola que estudamos. Sou da geração de seus irmãos mais velhos, Alexandre e André. Desde criança mostrava um talento diferenciado. Cresceu e se confirmou. Começou jogando futebol de salão em Natal, transferiu-se para o Votorantin, que dominou o salão do Nordeste no fim dos anos 80 e os anos 90. Foi para a Itália, onde passou oito anos e jogou pela seleção daquele país no Mundial/2005, quando foi medalha de bronze.

A camisa vermelha e branca caiu-lhe no figurino como um dia essas mesmas cores fizeram do seu pai um dos representantes do time do século do América de Natal. O gol, aos 3" do ¼, lhe deu moral e ao time a tranqüilidade de sair vencendo num jogo de estreia. A partida se tornou intensa nos primeiros quinze minutos, com faltas constantes, o que fez o árbitro agir e distribuir dois cartões amarelos. No primeiro lance do 2/4, Sivonei cruzou com "as mãos" e achou Scalinha, sozinho, na linha da grande área, e este cabeceou com estilo, tirando do bom goleiro Lucas que só restou cantar "Oh minha estrela amiga, por que você não fez a "bola" parar"!!!

A partir daí o RFC se perdeu no perfeito ferrolho que Scala fechou, orientando o time a explorar os contra-ataques. Deu tempo a ele próprio fazer o seu terceiro gol no jogo e os Piratas fazerem mais dois, fora os gols displicentes perdidos por "Dr Biólogo" e o pênalti desperdiçado por Victor.

Partida exuberante! Na história do nosso campeonato, um nome se escreve fundo: Scala!

COLUNA DO KOLLUNA

1) No sábado foi observado o minuto de silêncio em homenagem a Manassés Campos, o "Maná", colega falecido precocemente durante a semana. Maná, colega do TRT e do jornalismo, músico, compositor, amigo pessoal, vizinho de cadeira no Frasqueirão. Maná, meu parceiro no time dos Tigres, primeiro campeão ainda lá em 2000, quando nascia esse campeonato que agora tem 23 anos, e que, artista com a bolano pé assim como era com o violão nas mãos, dominava a pelota e nos devolvia, redondinha. Vai deixar saudades. Siga em paz em seu caminho de luz, caro amigo!   

2) Um show a criatividade das equipes na apresentação de seus uniformes. Parquet e SEA em tons azul e branco (a Poderosa com o seu mesmo eletrocardiograma do ano passado). Meia Boca no tradicional azul e amarelo e a homenagem a Pelé, nas mangas. Os advogados vieram de verde (supermasters) e cinza (masters). O RFC de preto e os Piratas de vermelho e branco a lembrar o clássico-rei. O TJ com uma cor principal da camisa indefinida e calções em preto rajado;

3) Na acachapante derrota na estréia, o Parquet, que apresentou um time renovado, trouxe como homem de área o primo do centroavante Leandro Kível, que rodou o Nordeste em clubes como o Botafogo/PB, CSA, Sergipe e Confiança: Leandro "Incrível";

4) Gugu (Supermasters) continua seu treinamento para o Ultraman, no Havaí, no fim do ano. Foi correndo até a ASTRA 21, jogou e voltou correndo. Ainda distribuiu diversos abraaaaaaçççoooossss em todos que reencontrou;

5) Ano passado, Walter (SEA), na partida de estreia, foi improvisado no gol e levou o maior piru de toda a história do campeonato. Ontem se redimiu. Estréia com gol de cabeça e com raça;

6) O número 2, Tony (Parquet), passou 30 minutos caminhando atrás do gol em lento processo de aquecimento. Foi chamado para entrar e no primeiro toque, gol contra. Tem que apurar esse warm up;

7) O jogador tem que conhecer o regulamento do campeonato. E os responsáveis pelas equipes têm de orientar os novos jogadores sobre o perfil da nossa competição. Duas expulsões e dez cartões amarelos, muitos deles por reclamação, na primeira rodada, poderão trazer prejuízos num futuro próximo;

8) Houve jogador que chegou atrasado. Jogou dez minutos. Fez três faltas e levou um cartão amarelo e outro vermelho;

9) Em uma partida de inúmeras faltas, Ranieri (Masters) deu aula de como marcar o adversário e sair do jogo sem sujar o uniforme. Destaque do jogo;

10) A arquibancada não perdoa. O uniforme todo preto rajado em amarelo do goleiro Caio (TJ) rendeu um apelido: Juma Marruá!