Mossoró Vence o Segundo Turno e é Tetra Campeão em Quatro Participações

Quem não foi assistir perdeu um jogo equilibradíssimo que foi vencido nos detalhes.



Caros colegas associados e demais amigos que participam e acompanham o nosso campeonato de mini-futebol. Devo justificar a demora na inclusão da resenha final. Como meu time estava na partida, pedi ao colega Éber para fazê-la. Seria uma visão imparcial da peleja. Éber, que já demonstrara em outras oportunidades com as letras o mesmo talento que tem com a bola no pé, aceitou o encargo e me enviou o texto ontem pela manhã ((08.11). Ocorre que fui surpreendido com notícia de falecimento de um parente em João Pessoa e tive que me deslocar até aquela cidade. Essa a razão da demora e que estava causando angústia na minha meia dúzia de leitores fiéis.
No mais, quero agradecer a todas as equipes, todos os jogadores e todos vocês que participaram e acompanharam o nosso campeonato e que acreditam e gostam do que fazemos.
Lamentamos, mas entendemos o encerramento dos trabalhos do time de Mossoró. Vocês escreveram uma página de ouro. Orgulhem-se do feito. Comemorem. Os outros times estão aguardando os jogadores que ainda mantiverem a disposição de encarar 500 km a cada 15 dias.
Lamentamos, também, o fim do Real Natal, mas torcemos para que dê certo a idéia de alguns que tentam revitalizar a folclórica equipe.
No mais, é esperá-los em 2012 com a mesma disposição e alegria que temos feito ao longo desses 12 anos. Que a 13ª edição do Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21 tenha o mesmo sucesso e emoção que foi em 2011.
Fiquem agora com o primoroso e cômico texto. Segue conforme o original. Não mudei nada, embora tenha sido um dos alvejados. Esclareço, porém, que minhas madeixas NUNCA viram tinta. O prateado que ora ostento são minhas marcas da experiência de vida.
Grande abraço,
KL         
 
 
 
"No último sábado, foi decidido o segundo turno do nosso campeonato da Astra 21.
 
Quem não foi assistir perdeu um jogo equilibradíssimo que foi vencido nos detalhes.
 
Havia representantes de todas as equipes: Gibeon do corta-luz (Piratas), Tales, 'o Maravilha' (OAB) e o time quase inteiro da SEA. Faltou o nosso "Rinus Mitchel", vulgo Paul Roger, que, igualzinho ao gênio holandês que criou o carrossel e implantou o atual modelo de jogo do Barcelona, revolucionou o nosso campeonato ao implantar o sistema 7X0X0(SETE ZERO ZERO).
 
O jogo foi assistido por este escriba ao lado do time da SEA e as lamentações pela eliminação não pararam durante o jogo inteiro. O choro é livre e nunca vi tanto torcedor do Botafogo reunido em um só lugar: dos 6 torcedores do Botafogo em todo o Estado do RN 4 estavam ao meu lado e não paravam de chorar do lado de fora.
 
 

O nome mais falado era Tatuta que, segundo eles, foi o responsável direto pela eliminação da SEA. Gilson 'Mamu' e Gilson 'Mamuzinho', também presentes, tentavam defender o goleiro de pequena estatura, mas os integrantes do esquadrão da SEA, inconformados, não queriam saber de outra coisa a não ser fazer uma rima com o pequeno Tatuta.
 
No campo, um jogo bem disputado e estudado. O primeiro quarto, portanto, foi uma disputa de muito estudo e poucas emoções, salvo uma bola alçada na área do JURIS, a velha jogada pingada de Mossoró, que o goleiro espalmou para escanteio.
 
Os times jogavam com preocupações defensivas claras. Os laterais plantados pouco subiam.
 
De um lado Juliano e Ed, o mílson. Do outro, Paulo "Kolberg" Bayer e o Irmão Zé. Este, o Irmão Zé, aparentemente sentiu o peso de uma "final" e mesmo com "fôlego de gato" não fez uma boa partida. O Ed, da sunga, pelo contrário, fez a sua melhor partida na história do campeonato da ASTRA. As más línguas, que cercavam este escriba, falaram que outra atuação igual a esta do Ed, somente na 22ª edição do nosso campeonato, mais precisamente no ano 2022.
 
Pelo lado direito, de um lado os laterais rápidos de Mossoró e do lado do JURIS o sósia do Paulo Bayer, mais conhecido nos gramados potiguares como Kolberg. Os dois se parecem não apenas fisicamente, mas a posição em que jogam ou jogavam é a mesma. Bayer, o profissional, ao passar rapidamente pelo glorioso Club de Regatas Vasco da Gama era um lateral direito mediano. O peso da idade o deslocou para o meio campo, o que inocorreu com o nosso Paulo "kolberg" Bayer que ainda tem fôlego para as idas e vindas que a posição exige.   
 
Duas avaliações sobre o lateral direito estavam sendo feitas do lado de fora. Uma estética/externa e outra interna/comportamental. Este escriba, que é só ouvidos, não opinou em nada. Na estética, diziam que o brioso lateral Kolberg tentou fazer um topete no estilo Neymar, para ver se melhorava seu desempenho na final e, ao mesmo tempo, pintou os cabelos. O topete não foi muito percebido dado ao cabelo rarefeito, porém a tinta não passou despercebida. Tales, 'o Maravilha', achou que a tinta era Wellaton 3 castanho médio. Cláudio 'Bubu' da 6ª VT e os demais espectadores da roda acharam que era Acaju, a tinta utilizada. O Acaju ganhou por maioria.
 
A segunda avaliação foi interna/comportamental. Nunca na história deste campeonato viu-se Paulo "Kolberg" Bayer tão quieto, sem questionamentos ou invasões, dentro ou fora de campo. Três teorias foram levantadas: a primeira dizia que durante a semana, Teon serviu para o agora disciplinado jogador 2 litros de suco de maracujá no almoço. A segunda teoria dizia que Ângelo, o toupeira, plantou no fundo da associação 20m² de camomila e o chá foi servido antes do jogo. A terceira teoria diz que o "chegar" da idade arrefece os  impulsos dos mais impulsivos.
 
Segundo quarto iniciado, foi o "quarto" de Mossoró. Foi trocado mais de meio time e a renovação do fôlego mostrou-se em campo. Embora o jogo se mantivesse equilibrado, o detalhe fez a diferença. Monteiro foi lançado na ponta esquerda, Marcio Maia foi na marcação, o avante de Mossoró, inteligentemente, deixou a bola passar com a velocidade que vinha e, assim, livrou-se do marcador, entrou na área, praticamente sem ângulo, o goleiro saiu aos seus pés e o bom atacante mossoroense, num misto de totozinho com cavadinha, encobriu o goleiro do JURIS. Um gol bonito e difícil que decretou o título e o fim do primeiro tempo.
 
O terceiro quarto foi o "quarto" do JURIS. Porém, a superioridade não resultou em gol. O time de Mossoró mais uma vez trocou meio time e veio mais avançado que no primeiro tempo. Mudou o atacante, tirando Monteiro e colocando Lamas Neto. Este, embora tenha a mobilidade de um apatossauro, protege a bola como poucos, faz um bom trabalho de pivô e cabeceia muito bem e, ainda, dá um descanso para os outros atacantes do time. O JURIS também fez alterações e Camilo habitou o espaço vazio deixado pelo time de Mossoró entre a defesa e o ataque. Ocorreu que os pés do JURIS não estavam calibrados. Capistrano, outro representante da era jurássica, um brontossauro, arriscou vários chutes e derrubou 5 jacas do terreno do vizinho. Mais um representante da era jurássica, um Alossauro, Alípio, machucado, fez muita falta, pois não deu alternativas de jogadas aéreas. Carlos 'Tevez' Magno, como sempre, com velocidade fez várias jogadas perigosas, que resultaram em interceptações do eficiente Gildarte ou do roliço e circunférico Carlos Mota, e em, no mínimo, 4 ótimas defesas do quase intransponível Cleilton.
 
O quarto quarto foi tanto equilibrado quanto o primeiro. Porém, com menos chances de gol de parte a parte. Mais uma vez Mossoró trocou meio time e com Aldo, Monteiro e Sérgio, mantinha a posse de bola e fazia o tempo passar. O bom técnico Derocy "Ramalho" tentou de tudo, fazendo modificações em quase todos os setores, mas o fim do jogo se avizinhava.    
 
Fim de jogo e mais um título merecido de turno e de campeonato para o bom time de Mossoró que ainda se deu ao luxo de jogar sem o excelente Márcio 'Mossoró', machucado.
 
Aparentemente, passado o efeito do chá de camomila, o valente lateral direito do JURIS, o "Paulo Kolberg Bayer" foi pedir explicações à lenda inamovível do nosso campeonato Charles Elliont, cobrando maior tempo de acréscimo. Charles, o nosso pantera cor-de-rosa, disse que já havia dado 3 minutos de acréscimo e, se houvesse mais tempo, a noite poderia chegar.
 
Premiações e festa num ambiente pacífico e familiar. Gritos de tetra-campeão. Medalhas no peito. Taças levantadas.
 
Parabéns ao campeão. Parabéns ao vice-campeão que jogou muito bem, perdeu na bola e na bola jogou. Não houve uma jogada desleal de parte a parte.
 
Descobriu-se, no meio da festa, que Gildarte ganhou 7 dos 11 campeonatos disputados na Astra. Um fenômeno.
 
Gibeon reclamou da interrupção do campeonato o que prejudicou imensamente o time do Piratas. Segundo o centroavante do corta-luz, se não fosse a interrupção do campeonato os Piratas tinham feito 42 pontos dos 42 disputados.
 
Vida voltanto ao normal, Ed, o Mílson, colocou uma nova sunga. Dessa vez com as cores do S. Paulo e do Fluminense. Segundo ele, a sunga foi fabricada em Pelotas - RS e foi texturizada e confeccionada com 24 fios. Os enchimentos pseudo-frontal e o traseiro foram mantidos.
 
No próximo ano tem mais emoção e confraternização. E, se Deus também quiser, mais resenhas.
 
Um grande abraço em todos.
 
EBER


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