Meia Boca e Justiça Federal estão na Final do Segundo Turno

Está definida a partida que decidirá o campeão do segundo turno do 14º campeonato de mini-futebol da ASTRA 21. Meia Boca x Justiça Federal eliminaram seus adversários, Real Natal e OAB, respectivamente.



Está definida a partida que decidirá o campeão do segundo turno do 14º campeonato de mini-futebol da ASTRA 21. Meia Boca x Justiça Federal eliminaram seus adversários, Real Natal e OAB, respectivamente, em partidas realizadas na manhã de sábado na sede da ASTRA 21. Na primeira partida o Real Natal não reeditou o excelente jogo do sábado anterior e não chegou a ser páreo para o Meia Boca, que mesmo sem jogar bem, não precisou de muito trabalho para golear o Real com mais uma boa participação de Péricles com seus "n" kilogramas. O Real Natal tinha as ausências de Jader (machucado) e de Max (suspenso). E ainda no primeiro quarto teve um revés com Robson, que após levar uma pisada involuntária de Pedro Wanderley teve que jogar no sacrifício. No primeiro quarto o jogo foi estudado, com duas jogadas de gol, sendo uma para cada lado, com Riquelme e Christian. O segundo quarto teve mais emoção. Enquanto Marcelo reclamava que jogava isolado no ataque, Pedro se movimentava bem na frente fazendo o pivô para a chegada de seus companheiros. Cesar acertou um bom chute de fora da área. Bruno foi lançado por Scala, mas perdeu a passada quando poderia entrar com bola e tudo. O RN chegou com Marcelo e Éber no mesmo lance, com boa defesa de Patrício. Em resposta, Bruno, mais uma vez, acertou um bom chute de longe, passando perto da trave direita. Enfim, o gol saiu com Péricles numa jogada de oportunismo, antecipando-se ao goleiro após um chute despretencioso de Laumir. O segundo tempo começou com o Real Natal precisando virar o jogo, porém, errava muitos passes. Marcelo continuava reclamando que ninguém se aproximava da área para jogar com ele. O MB passou a dominar a partida chegando com Laumir, assustando num chute de canhota; com Christian perdendo clara oportunidade de gol; com Scala que chegou a tirar de Cristiano, mas a bola saiu por capricho; e com Bruno que matou dois contraataques. No último quarto o Meia Boca praticamente liquidou o jogo com Bruno fazendo 2x0 no início. Só então o Real Natal acordou passando a ter jogadas ofensivas. Em uma blitz contra o MB, Henrique (duas vezes), Riquelme e Cesar assustaram Patrício com chutes de fora da área, porém, sem produzir em gols. Péricles, nos minutos finais, fez o terceiro tento do Meia Boca e deu números finais ao jogo, garantindo sua equipe na final. O segundo jogo foi atípico no início, emocionante no fim. Partida para ser guardada na lembrança dos grandes clássicos do campeonato. A OAB jogava pelo empate contra a Justiça Federal, que havia perdido a liderança e a vantagem, bisonhamente, após o empate na rodada final contra os Piratas. Jogo de iguais e que antes da partida não apontava favorito. Então, as coisas do futebol. Um lance é capaz de comprometer todo o jogo. Início de partida, equipes ainda em estudo, ambas sem mostrar suas garras, Marcelo sai jogando e tenta lançar na área adversária. A bola pega efeito e encobre o goleiro Cleilton que cai emaranhado na rede no fundo gol junto com a bola. Nem a JF, nem a OAB, nem ninguém acredita no que vê. Em tantos anos de participação, na lembrança de todos, esta, talvez, tenha sido a única falha de Cleilton em todos os tempos. O gol desorientou o goleirão. Logo em seguida, Denílson recebe na intermediária, chuta rasteiro e Cleilton, mais uma vez, aceita. Dois a zero inacreditável nos primeiros 15 minutos de jogo. A OAB até então era impassível. Não era a OAB. Volta para o segundo quarto e Luiz Fernando reclama de falta e pede cartão ao adversário. Charles Elliont, autoridade suprema, dá lição de moral dizendo que "dá o cartão a quem acha que deve receber". Puxão de orelhas no capitão da Ordem. Lá pelos 20 minutos de jogo é que o c***lho chegou no jogo. A expressão tão falada e escutada nos jogos da OAB ainda não tinha entrado (olha o cacófato aí de novo!!!). De nada adiantou o palavrão. Cipriano aproveitou-se de indecisão entre os zagueiros e marcou o terceiro gol. O resultado praticamente colocava a JF na final, espantando a zebra que os Piratas havia trazido. Mas "o jogo só acaba quando termina", dizia o filósofo Neném Prancha. Em reação imediata, no ataque seguinte, Siro chutou no meio do bolo de jogadores que estavam à frente do goleiro e a bola achou o canto certo, diminuindo o escore. Ainda teve tempo para fazer dancinha do ventre para os inúmeros torcedores e levar um carão de Tales, pedindo seriedade no jogo. O jogo passou a ser de transpiração. "A necessidade faz o homem", já diz o ditado. A necessidade fez a OAB, que voltou para o segundo tempo com Neffer no ataque, mesmo recuperando-se de contusão. Tales arranca da defesa com a bola dominada e manda um balaço na trave em bela jogada. A Ordem não dá tréguas a JF que fica acuada em seu campo. Laércio põe a mão na bola e Charles pune com a falta. Cleilton, com todo o peso da culpa nas costas, dirige-se para a cobrança. Biúla arma a barreira e, infantilmente, esconde-se atrás dela, deixando um buraco. Toda a mesa cantou o gol. Cleilton cobrou exatamente no espaço que Biúla havia deixado e Tales empurrou para dentro com a barriga. O gol põe fogo no jogo. A OAB joga pelo empate. Um golzinho e estaria na final. A JF correndo atrás do prejuízo para tentar um gol a se garantir. A OAB joga melhor. Siro é lançado pela direita, domina a bola e manda um chute cruzado, quase sem ângulo. Biúla aceita. Gol de empate da OAB. Empate inacreditável. Cleilton ajoelha-se e agradece aos céus. Fim do terceiro quarto. Lembrando outro ditado, um é típico do nosso campeonato. "É no último quarto que as coisas acontecem". Nunca um ditado foi tão certo. Início do quarto quarto. Denílson acha Cipriano sozinho pelo meio, que avança e chuta fraco, mas no cantinho direito e Cleilton se redime em difícil defesa. O jogo é franco. Aberto. Siro perde dois contraataques onde poderia dar fim ao jogo. Na torcida alguém fala que esses gols iam fazer falta. Uma saída de bola errada da OAB e cai nos pés de do adversário, que avança em direção à área. O treinador da OAB, como que antevendo o que iria acontecer, pede ao time quase que implorando: "Não desiste não, cabra veio!!!". A OAB não atendeu ao treinador. A bola chega aos pés de Bago que nos últimos jogos não vinha "pagando a laranja". O centroavante protege a bola com o corpo, limpa para a direita e manda um petardo no meio do gol na parte superior, sem chances para Cleilton. Quem não pagava a laranja findou fazendo a alegria dos Laranjas. Com o 4x3 no placar a JF se fechou e a OAB teve que "ir morar" na área adversária, que passou a ser povoada. Mas o desespero pesava nos pés de cada jogador da OAB, que não conseguiu o gol de empate. Um grande jogo digno das grandes semifinais. A Justiça Federal, com a bela vitória, chega a final e pode brigar pelo bi-campeonato.



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