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Caros boleiros!!! Terminada a rodada semifinal, as equipes da Justiça Federal e do Meia Boca Juniores se habilitaram a fazer a partida decisiva do primeiro turno do campeonato da ASTRA 21.

Nenhuma surpresa, afinal, todas as quatro equipes tem seus valores individuais, muito embora a máxima do nosso campeonato é o jogo coletivo. E se existiu algum pecado entre os semifinalistas, foi exatamente o daquele time que, até então, mostrava o maior engajamento comunitário e global: o Tribunal de Justiça.

O TJ tinha, em cada partida da fase preliminar, ao menos dois times do lado de fora, além dos sete que estavam jogando. E isso fez a diferença, a ponto de ser o primeiro colocado e chegar invicto as semifinais com seis vitórias e um empate.

Porém, na sua partida decisiva, esteve presente com 10 (dez) atletas, o que equivale a 07 (sete) jogando e apenas 03 (três) do lado de fora para fazer o rodízio.

Do outro lado, uma Justiça Federal que começou o campeonato claudicante e classificou-se com a quarta vaga. No entanto, as partidas finais são "outro campeonato". E os caras levaram a sério. Pisaram o gramado com postura de vencedor. Aquecidos, a ponto de ignorarem a estranha chuva que chegou de repente, de pingos grandes e que caiam em pé, sem vento. A chuva terminou de esfriar o TJ e, ao fim do primeiro quarto, os Federais venciam de 2x0. Um gol de qualidade de Martone, tirando do goleiro com classe; e uma infelicidade de Edevaldo, jogando contra seu próprio patrimônio.

O segundo quarto começou, incrivelmente, diante de um sol de torrar a moleira, após a dissipação da chuva repentina. Jogo de transpiração e Waltinho, sempre ele, achou espaço e chutou de fora da área, batendo no zagueiro e tirando o bom goleiro Lucas da jogada.

O segundo tempo trouxe uma JF mais recuada, exposta aos chutes de fora da área do TJ e que irritaram o goleiro Lucas. Louve-se a esforçada, combativa e operária partida de Jonatas "Rifocina". Foi dele meio gol que fechou o placar, ao proteger a bola na linha de fundo, ganhando tempo precioso, e cruzando voltando para que Weslley fizesse 3x1.

Destaque da partida para Martone, um cara que cresce em jogo decisivo.

O outro jogo já fala por si só. Já é um dos maiores clássicos da história do nosso campeonato. Meia Boca Jrs e Advogados contêm até mesmo uma escrita. Ano passado, disputado apenas em um turno, teve vitória do MBJ por 6x2 e empate na semifinal, por 2x2. Este ano, nova vitória do MBJ, por 4x1. Na semifinal/2022, não houve mudança de script e o enredo continua o mesmo. O mistão do Judiciário venceu por 3x2, num jogo em que os Advogados tiveram amplas chances de "matar", mas não foram felizes.    

O jogo foi de grande intensidade durante os dois tempos, com as equipes com gente suficiente para oxigenar a partida. Os goleiros Higor e Lindão (alguém o chamava assim o tempo todo!!!), que substituiu Tiago, tiveram que mostrar serviço e foram providenciais em diversas oportunidades.  

Os Advogados saíram na frente com Dinno após um bate-rebate na área. Mas a festa pouco durou, pois Vicente lançou com categoria Daniel Ricarte e diz "faz teu nome, garoto!!!".

O empate dava a classificação ao MBJ. Os Causídicos tinham uma boa causa para buscar a vitória. Bem tentou com lances perigosos de Thales, "o maravilha" ou Jean Letelier, o "Letela", que em alguns momentos a grafia de seu nome nas costas parece "Leila". Maravilha e Leila. Coisas do futebol e seus bastidores profundos. Thiago Igor, intitulado "Tiagol", Rodrigo "Pagode" e Serginho também foram infelizes em suas chances de marcar e resolver a parada.

Ainda no terceiro quarto, Weberton, o dono da empresa individual chamada MBJ, acertou um petardo de canhota que lembrou os bons tempos de Rivellino. Como se dizia no meu tempo, "o goleiro não viu nem o azul"!!!

A virada desestabilizou os causídicos e então, o lance capital do jogo.

Ciro Peixoto é atualmente o melhor jogador do campeonato. Não é servidor do TRT, não trabalha no Poder Judiciário, tampouco é advogado. Weberton, sabido, valeu-se de uma cláusula do regulamento para inseri-lo na sua fábrica de craques. Cirinho é filho de Ciro Pedroza, associado ASTRA 21, colega do TRT, jornalista e, assim como outros colegas do TRT 21 como eu, Erivaldo, Idalmo e Eliane Pereira, não temos nenhum parentesco com Homero Homem, mas somos todos "Cabras das Rocas". Quem teve o Bairro das Rocas como sua pia batismal tem a ginga, a finta, a malícia, o pisado maneiro, o linguajar corporal para bailar na vida. As Rocas é celeiro de grandes craques do passado e do presente. De lá saíram Edmilson "Piromba", Cocó, Biró, Piaba, Ramos, Sérgio Poti, Tié, Silvio "Madona", Luiz Oliveira, Tião e Adalberto "Adílio". Atualmente temos o meia Rodriguinho, o zagueiro Richardson em evidência. E Ciro Peixoto tem sangue canguleiro!

Pois bem! Se Rivellino já havia sido lembrado no chute de Weberton, o drible que o consagrou, o "elástico", veio logo em seguida com Ciro Peixoto e a habilidade que não lhe falta. O drible seco, aquilo que Nelson Rodrigues dizia que é "pior do que xingar a mãe", foi aplicado com todas as loas sobre PJ Pegado e, como se não bastasse, completou a pintura com requintes de crueldade ao dar um totózinho na bola e fazê-la morrer mansa, quase sem tocar no fundo da rede, do bom goleiro Higor. Um golaço!

O resto do jogo foi só para se comentar o lance. Serginho ainda beliscou o segundo gol dos Advogados, mas já não dava tempo, nem o time tinha ânimo para virar.  

Destaque da partida para Ciro Peixoto.

A final do primeiro turno será disputada no próximo sábado, dia 09.07, às 7h45, no campo da ASTRA 21. O convite está feito a quem gosta de ver um bom futebol.       

• Coluna do Kolluna

1)     Sempre uma alegria rever ex-jogadores do nosso campeonato, que comparecem para assistir os jogos e, invariavelmente, recebem as boas vindas da ASTRA 21. Neste sábado recebemos duas lendas: Gil (JFRN) e Lindolfo (Advogados/Meia Boca). Para eles, sempre, banda de música e tapete preto e branco para recebê-los; 

2)     Outra presença ilustre, mas este vem sempre em partidas decisivas. Augusto Superior (JFRN) é o amuleto do seu time; 

3)     Gol contra virou moda no campo da ASTRA 21. Depois do inesquecível golaço de Rifocina na rodada passada, desta feita foi Edevaldo (TJ), que correndo vinha e empurrou a bola no fundo do goleiro. Sinistro!!!;

4)      A presença de Gil (JFRN) trouxe alegria a mais nas arquibancadas da ASTRA 21. Figura folclórica dos nossos campeonatos passados, multicampeão por Mossoró, JFRN e JURIS, só mesmo ele para fazer os caras tomarem cerveja Brahma em desjejum, às 9h da manhã;

5)     Um lance inusitado em um determinado jogo neste sábado. Bola levantada e o atleta se preparou para bater de primeira. A bola passa, quica no gramado, enquanto a perna de determinado jogador de determinado time quase se desprende e segue em direção a piscina.  Um determinado torcedor, inervado pela paixão e desespero grita: "arrombado"!!! Furada. Arrombado. Xingamento Sugestivo!;

6)     O MBJrs foi a Dinamarca trazer o goleiro substituto: Lindyson;

7)     Só espero que não tragam o irmão dele: Uglyson;

8)     Jonatas "Rifocina" fez uma partida a se tirar o chapéu. Revezou com Martone a presença na frente e foi um operário da bola, alem de artesão do terceiro gol. Um quase destaque;

9)     "A Jonatas o que é de Jonatas", já diz a passagem bíblica, muito bem lembrada pelo Irmão José Carlos, nosso fiel escudeiro e conhecedor das escrituras da ASTRA 21 nesses 22 anos. Se o elogiamos no item anterior, também podemos tirar a nossa onda semanal;

10)  A JF atacava para gol do muro quando Moadson recebeu carga faltosa. A bola sobrou em vantagem para Jonatas "Rifocina" seguir, sozinho, para a cara do gol. Leandro Barchz, árbitro que vem dando show de arbitragem, preferiu marcar a falta, confirmando o que todos já previam, que Rifo não teria sucesso na jogada.