JF garante classificação. OAB quase lá. JURIS reacende as esperanças



Mais uma vez quem se dispôs em ir a sede da ASTRA 21 no fim de semana foi brindado com excelentes jogos. O nível das partidas tem sido muito bons nas últimas rodadas. E não foi diferente neste sábado, que teve além da rodada normal, o jogo entre OAB x Real Natal adiado de duas semanas atrás.

A SEA e a Justiça Federal abriram a 5ª rodada em situações bem diferentes. A primeira precisando vencer para espantar os maus resultados recentes. A JF confortável na liderança e tentando consolidar a classificação para as semifinais do segundo turno.

Desde o início da partida vimos uma SEA tímida, apática, sem poder de ataque, muito embora tivesse pela primeira vez no segundo turno seu principal atacante: Márcio Mossoró.

A apatia da SEA talvez tenha explicação. Ausências de Netinho em campo e Gilson Mamu fora dele dando as necessárias instruções.

Sobre o Mamu um parágrafo a parte. Matuto de José da Penha achou de ir pro Pantanal atrás de pegar piranha. Engoliu uma espinha e a bicha saiu rasgando seu bucho provocando uma infecção que lhe obrigou a baixar o hospital para fazer cirurgia a fim de retirar abscesso infeccioso. Comunico a todos que o parto foi cesariana e o “menino” – um litro de pus – veio ao mundo com icterícia, amarelinho coitado, mas bem gordinho. “Mãe” e filho passam bem e já estão recebendo visitas em casa.

Voltamos ao jogo. A JF esteve presente na área da SEA desde o início do jogo. O bom goleiro Tatuta teve que operar 02 milagres ainda no primeiro tempo. A apatia da SEA deixava inquieto o artilheiro Márcio Mossoró que pediu a Gilson Filho para orientar o time. Inspirado em Argel Fucs, Gilson assumiu e “fuck”.

No segundo tempo o estrategista Genildo “Peba” tirou Denílson do meio e enfiou-o na área. A SEA não se apercebeu que só tinha Carlos Mota acompanhando o bombeiro e ele, em duas jogadas individuais, matou o jogo. A SEA ainda descontou no fim, mas em nenhum momento chegou a por medo no adversário.

Com o resultado a JF já se garante nas semifinais, enquanto que a SEA pode precisar de combinação de resultados para tentar o título de forma direta.

O segundo jogo era o duelo dos desesperados. Os Piratas que mesmo segurando a lanterna tem feito jogos surpreendentes encarou o JURIS, em má fase e com a estima baixa. Para completar o JURIS só tinha o time certo para jogar, praticamente sem ninguém no banco, já que este resenheiro voltou a sentir o estiramento muscular logo no início do jogo e, guerreiro como sempre foi, anda jogou por alguns minutos somente para deixar os colegas descansarem.

Os Piratas, pela segunda vez consecutiva, conseguiram terminar o primeiro tempo sem levar gol, repetindo o feito que havia acontecido contra o Real Natal. O JURIS tentava, tentava e nada. O desespero começou a bater. Até que Márcio, convidado que substitui Alípio que vai ser cirurgiado de meniscos, completou cruzamento e pôs alívio no time do JURIS.

Entretanto, quando a maré de má sorte está grande, urubu de baixo suja o de cima. O ataque dos Piratas é rápido com Caio e Fábio. Num lance na área, totalmente sem ângulo, Caio chutou a gol. Vinícius ainda tocou na bola que tocou no travessão e pingou na linha de gol, sobrando sozinha para Sérgio Bolha finalmente usar a cabeça para alguma coisa na vida.

O comentário uníssono nas arquibancadas após o gol de empate dos Piratas foi o seguinte: “Time que leva gol de cabeça de Sérgio Bolha não merece nem estar aqui participando do campeonato”.

O gol desestabilizou o já desequilibrado JURIS. E o pior aconteceu. Fábio limpou seu marcador de fora da área e mandou um chutaço no ângulo superior esquerdo de Vinícius. Piratas 2x1 e festa em toda a ASTRA.

Gilsinho Fuck e Jussier viraram torcedores de ocasião e passaram a se manifestar a favor dos Piratas. A bandeira dos Piratas tremulava com mais beleza já antecipando a comemoração. O banco do JURIS já dava a derrota como certa. Creditava a má fase a tal tendência negativa.

Mas o jogo só acaba quando termina. Numa falta próxima a área Marquinhos bateu no gol e o goleiro dos Piratas, que não era o Valha-me Deus do jogo passado, falhou e a bola lenta passou por baixo do seu corpo. O gol acendeu o JURIS que precisava da vitória para ainda ter esperanças.  O esforço dos jogadores do JURIS foi influenciando a torcida que, aos poucos, foi esquecendo dos Piratas e se contagiando pelo bom futebol.

O JURIS é uma espécie de Flamengo. Como disse Nelson Rodrigues “Cada brasileiro, vivo ou morto já foi Flamengo por um instante, por um dia”. O mesmo se aplica ao JURIS. Todo mundo torce um pouco pelo JURIS. Só Gilsinho Fuck e Jussier continuaram a acreditar que o empate se manteria.

Últimos minutos. Charles Elliont deu dois minutos de acréscimos. Nesse átimo, Endrigo, nome de cantor de brega italiano, emendou para o gol e matou a defesa dos Piratas.

O irmão Luiz, esforçado jogador dos Piratas, “deu brabo” e abandonou a partida, insatisfeito com os acréscimos que entendeu como graciosos.

Na verdade é a segunda partida que o time bucaneiro perde nos últimos minutos. No histórico de tal equipe isso é uma grande evolução.

No sábado à tarde a sede da ASTRA 21 abriu excepcionalmente para receber a partida adiada de duas rodadas atrás entre o Real Natal x OAB.

Os advogados, a cada partida, apontam como os grandes favoritos a ganhar o segundo turno e disputar a finalíssima com a SEA.

O resultado final – 6x4 - não refletiu o histórico do jogo. A OAB foi senhora da situação em 90% da partida. Somente quando Eduardo fez o pênalti convertido por Marcelo e no lance seguinte quando Flávio “Chocolate” mandou um balaço de canhota de fora da área vencendo Cleilton que o Real ainda mostrou algum poder de reação.

Porém, com parcimônia a OAB envolveu o adversário e venceu numa grande atuação de Neffer e Aldo no ataque.

Próxima semana tem OAB x Meia Boca, jogo que promete grande movimentação; e Real Natal x TJ, outra partida que também poderá definir o caminho da classificação a equipe vencedora.    

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