TEMPORADA COMEÇA COM TROPEÇOS E SURPRESAS



Iniciada neste fim de semana a temporada de mini-futebol/2012 com a rodada de abertura do 13º. Campeonato da ASTRA 21. O Torneio Início, semana passada, já mostrou certo equilíbrio entre as equipes, mas somente quando a bola rolou de verdade, com tempos reais de 30 minutos, foi que tivemos certeza do que vinha pela frente.

A rodada cheia com 04 jogos trouxe boas surpresas.  A chuva que castigou a cidade durante todo o dia e a noite da sexta-feira deu uma trégua pela manhã, iluminando o dia e os times que abriram a rodada. Não posso falar dos jogos da manhã com mais propriedade, pois não estava lá e estou escrevendo conforme a opinião de quem viu o jogo e me repassou.

No primeiro jogo, o PRIORI veio com tudo para provar a sua nova mentalidade e filosofia, haja vista que alterou o nome do time e seus componentes radicalmente para ser, ao menos, semifinalista no turno. Na prática o que se viu foi um “tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Não foi páreo para o Tribunal de Justiça que venceu de forma fácil por 5x2, mantendo a sina do time de Floriano de ser goleado na estréia. O TJ, para os olhos de quem conhece futebol, apresenta-se como a grande equipe para este ano, tendo substituído algumas peças, renovando, inclusive na idade, alguns de seus membros, dando seqüência a um reforço gradativo que se iniciou no ano passado. Posa como favorito. 

Veio o segundo jogo e a poderosa SEA preparou-se para receber o novo Real Natal. Só que o novo Real mantém a velha mania do antigo Real, que é ser o moleque travesso do campeonato, tirando pontos importantes dos chamados grandes. A SEA, sem poder contar com Yonaldo  que reclama de dores nos quartos em razão de excesso de peso – situação ainda inexplicada mas que não merece ser explicada e nem é da nossa conta -, nem com a força máxima vinda do oeste do estado, vacilou contra o time de Kuka e Max, que literalmente, usaram a cuca para encarar a SEA de igual para igual e se doaram ao máximo  para arrancar o empate. Mas a SEA é assim, é a Itália do nosso campeonato. Claudica, tropeça, cambaleia no início, mas sempre está dando trabalho quando é para valer.   Final em 1x1 que obriga a SEA a ir com tudo contra o Barça de Paulo Rogério na próxima rodada, enquanto que o RN pega o JURIS, outro considerado grande e que também poderá ser vítima dos novos galácticos.

Então caiu a tarde e com ela vieram os ventos frios prenunciando o retorno da chuva para por mais um ingrediente para os jogos vespertinos que completariam a rodada. O Barça, ansioso pela estréia, logo cedo já estava lá na sede da ASTRA. O manager Paulo Rogério reuniu seus sobrinhos, levou todos no seu carro (quem foi no colo de quem não foi revelado), fez preleção no centro do campo debaixo de chuva, tudo para deixar o time no clima.  O JURIS também se arrumava para entrar em campo. Até a chuva chegou e nada de Charles Elliont, a autoridade máxima. Então, de repente, uma barriga vestida de árbitro adentra a sede da ASTRA 21, mas só 10 minutos depois chega Wilson, o seu dono, árbitro antigo, conhecido de todos os peladeiros da ASTRA 21 mas que há algum tempo não dava o ar da sua graça. A pança da autoridade apresenta-se como uma escultura de Da Vinci. Nem juntando as de Rubinho da Coordenadoria de Acórdãos com as de Cesino e Carlos Mota, e ainda de quebra a de George, goleiro do TJ, chega-se a 1/3 do patrimônio adiposo do nosso árbitro Wilson.

 

Mas o tamanho da barriga mostrou-se diretamente proporcional a sua seriedade, disciplina e competência na hora do serviço, situação reconhecida pelas 04 equipes. Aliás, do jeito que criticamos veementemente quem comprometeu todo o trabalho da ASTRA no passado com um apito e cartões na mão como se fossem armas, fica o registro positivo quando aparece alguém e faz um bom trabalho.

O jogo entre o JURIS x Barça foi curioso. Era visível a ansiedade dos “catalães potiguares vestidos de hermanos do Boca Juniors”. O JURIS, em tese um time mais experiente, envolveu  o adversário num toque de bola que provocou o Barça a fazer o limite das 05 faltas em 7 minutos de jogo. Mas o que interessa é bola na rede e num contraataque o Barça foi lá e fez 1x0 para delírio de Paul Roger. Quando o JURIS atacava, PR ficava liderando o ferrolho e quando o time saía em contraataques ele ia junto. Era uma coreografia, talvez porque empolgado com a dança flamenca da semana passada. Parecia um clássico balé na linha lateral do campo, e como no Baile dos Cisnes, PR levantava as asas (os braços), ficava na ponta dos pés, invadia o espaço adversário. De fazer rir até o banco da equipe contrária.

Em campo o espetáculo era outro. O JURIS batia cabeça e não sabia furar o bloqueio do Barça. Só com 20 minutos é que souberam se aproveitar da 6ª falta e Marcelo Patinha empatou o jogo.

No segundo tempo a filosofia do jogo era a mesma e até os 15 minutos o placar era igual.  Na volta para os 15 minutos finais com a presença de Alípio e Carlos “Tevez” no ataque, o JURIS ficou mais ofensivo e Marcelo, com grande atuação, virou o jogo. Logo depois, Andreo, deslocado pela direita, puxou para o meio e mandou de pé esquerdo com a bola e o terreno molhados tendo traído o goleiro do Real, que deixou a pelota passar entre as pernas, com Alípio somente empurrando para as redes. Ocorre que Andreo saiu vibrando como se fosse gol seu em final de Copa do Mundo, mostrou o escudo, beijou-o, socou o ar, dedicou o gol a esposa e as filhas e só no fim é que soube que o gol foi computado para o coroa Alipão. Frustrou-se.

Nesse momento, descortinou-se novo ato no espetáculo teatral particular de Paulo Rogério. A dança, que antes estampava inocência e graça do cisne branco, mostrou o lado sombrio e funesto do cisne negro, numa completa alteração de personalidade. Quem ainda não tinha assistido ao filme Cisne Negro, ontem teve um resumo do enredo no comportamento de Paulo ao lado do campo. Resta saber se ele também vai ser indicado ao Oscar. A nossa torcida é toda sua, Paulão!!! Final: JURIS 4x1 Barça.

Último jogo da rodada foi uma antecipação da Páscoa. A Justiça Federal distribuiu chocolates – amargos – ao time da OAB, num surpreendente 4x0. Foi o jogo da criatura dominando o criador. Genilson “Peba”, figura que a ASTRA 21 quer bem, colaborador de nossos eventos, deu um nó tático no seu mentor, Prof. Gileno Souto, deixando a OAB presa, aprisionada, encarcerada no seu ataque, sem deixar que advogado nenhum conseguisse alvará para furar o bloqueio a “lá Leandro Campos” montado pelo Pebinha.  Por outro lado, os “homens do fogo” convidados dos colegas da JF, puxavam os contraataques fulminantes e num deles Gil abriu o placar, mas tendo que imediatamente deixar o gramado para receber oxigênio.  A JF ainda perdeu dois gols debaixo da trave no primeiro tempo. A OAB rodava, mas não concluía.  O meio de campo com Luiz Fernando e Odilon, de qualidade técnica indiscutível, não conseguia que a bola chegasse no pivô Assis. Marcelo e Tales se mostraram ansiosos arriscando de fora da área, mas quem fazia o seu nome era George “Raul” Gentile, retornando aos gramados da ASTRA depois de 02 anos, agora em equipe diferente. George fez uma partida impecável. A destoar somente o seu uniforme amarelo ovo-canário combinando com uma chuteira vermelha. Nem os irmãos estilistas-metrossexuais Laumir (OAB)/Laércio (Justiça Federal) ousaram tanto. Se colocásssemos uma peruca loura em George ele seria a encarnação da ternurinha Wanderléa, que rendeu o apelido ao goleiro Raul Plassman quando ele estreou no Mineirão com as longas madeixas louras e todo de amarelo.

E a OAB tentava e nada. Em nova saída rápida com o Comte. Monteiro, o goleiro Sapão não lembrou seus dias de príncipe e “arrotou” a bola nos pés de Augusto que, superiormente, empurrou para o fundo do filó, fazendo o príncipe virar sapo.

O 2x0 obrigou a entrada em campo do Dr. Paulo Eduardo, presidente da seccional, emblema físico para dar moral a equipe cabisbaixa, a explorar sua forma de agir em campo nada pedagógica para dar vibração aos seus comandados. Mas nem a disposição de Paulinho deu jeito.

No desespero e tentando empatar de todo jeito, a OAB virou presa fácil e levou mais dois gols, sendo selado o placar com um gol de pênalti, especialidade de Sapão, que dessa vez nada pode fazer.

Na resenha pós-jogo comentava-se que o Prof. Gileno Souto está prestigiado, mas cogita-se o nome do Dr. Joanilson Rêgo, sempre candidato, a substituí-lo caso haja novo tropeço. Sábado a OAB pega o PRIORI e a prioridade será a vitória. Ou então crise se instala. Final: Justiça Federal 4x0 OAB.



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