SEA GARANTE CLASSIFICAÇÃO. JURIS E OAB SE ESTRANHAM EM JOGO TENSO



“Mãe... São três letras apenas

As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disse
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus”!

Com esse poema de Mario Quintana, quero começar a minha resenha desse especial domingo destinado às mães. Mãe, ser sublime, especial, que nos dão diários exemplos de amor, compaixão, ternura, caridade. Mães que, a exemplo de Maria, mantém-se pronta para amparar o filho no calvário ou afagá-lo na alegria. E nada se aproxima mais do amor de Deus do que amor de mãe. Aos que as têm ao seu lado ou àqueles que as têm hoje no coração, a homenagem da ASTRA 21 a cada uma delas.

(...)

Em contraponto a homenagem acima, hoje também é dia de “puxar as orelhas”, fato peculiar às mães quando seus filhos não se comportam adequadamente. Longe de mim querer ser mãe de vocês. Não tenho essa pretensão, nem autoridade. Sou um amigo de cada um que queira ser meu amigo. Com meus defeitos – que são tantos e tento corrigi-los aprendendo com os amigos – e com minhas virtudes também, afinal, sou o que sou e sei que não sou tão mal assim. 

O momento em que a ASTRA 21 destina ao futebol no sábado pela manhã e, eventualmente, nos sábados à tarde, deve ter um só propósito: amizade. Já falei isso aqui em tantos outros posts passados. São 14 anos de campeonato e tantas foram as maiores amizades feitas entre os tantos que já passaram por ali. Infinidade de situações que, diante da amizade construída naquele campinho, foram resolvidas no campo profissional ou pessoal. Quantos amigos – e bons amigos – cada um de vocês fizeram jogando futebol? Na ASTRA 21 não é diferente. Muito recentemente a ASTRA 21 se viu diante de uma situação inusitada junto a um órgão estadual e a amizade fez com que o problema fosse resolvido num “piscar de olhos”; quantos de nós recebemos um contato, uma ligação de um colega de Justiça ou advogado solicitando uma intervenção para que um processo flua, ande mais rápido e nós, dentro da ética profissional e do que podemos fazer, damos uma resposta efetiva. Tudo fruto do que construímos ali naquele campinho.

Então! Vamos nos desarmar! A discussão faz parte do futebol, do esporte, mas vamos tratar a todos com respeito. Sei que já fiz muita m***a em campo, mas isso passou. Tenho procurado ter outra postura em campo há muito tempo. O meu passado de ficha corrida credito aos arroubos da juventude. Mas hoje somos outros. A média de idade de nosso campeonato é de quase 50 anos de idade. Idade da sabedoria em que não podemos mais ter atitudes juvenis.

Portanto, pensemos nisso. Até mesmo quem detém a liderança em suas equipes deve mostrar o quão são líderes nesse instante, mas infelizmente não é isso que temos observado. Há momentos para tudo, e a “pilha” de nada vai adiantar na hora errada. O campeonato da ASTRA 21 é de todos vocês e só existe para vocês, independente se servidores da Justiça do Trabalho associados ou membros das equipes convidadas, e tão bem acolhidos por nós.  

Fica a reflexão para cada um.

(...)

Enfim. Como dizia João Saldanha, “Vida que segue”. E o futebol da ASTRA viveu um sábado movimentado. Quatro equipes em campo e os olheiros das equipes interessadas do lado de fora secando quem queria ver fora do páreo.

Na partida inaugural, A SEA entrou em campo podendo carimbar o passaporte para as semi-finais. Do outro lado o Tribunal de Justiça, com aquele uniforme meio banana de pijamas que serve de “tapia”, pois nem são bananas nem parecem vestir pijamas para jogar bola.

O placar foi construído no primeiro tempo e a impressão unânime de quem estava lá é a de que foi injusto. Ao TJ caberia, ao menos, o empate. Perdeu o jogo em três bobeadas capitais e, talvez, em razão da ausência do bom goleiro e sósia de Ronaldo, ex-arqueiro do Corinthians da era Neto (anos 80/90) e que terminou sua carreira aqui pelo ABC levando um gol do meio da rua do ASA de Arapiraca. Devo esclarecer que o goleiro do TJ se parece com o visual de Ronaldo HOJE, carequinha, inchado, mas bom goleiro.

Então. O TJ saiu na frente com Marcão. A SEA com aquele jogo que todos conhecemos, esperando a hora para dar o bote. Aí surgiu o talento e a juventude de Artur. O mascote do campeonato só não fez chover. Assumiu o jogo e comandou as jogadas de ataque. Dos seus pés saíram o empate com Paulo e os dois gols de Cláudio, um num escanteio e outro num contraataque em que a bola passou mansa e pacífica pela área e ninguém teve coragem de botar o pé para aliviar. Culpa de Álcio!!!

Josué descontou ainda no primeiro tempo numa bela infiltração e que deixou a zaga da SEA batendo cabeça.  No segundo tempo o TJ foi para cima da SEA, sem se intimidar, querendo o empate, mas não teve sucesso.

O TJ já está fora desse turno, mas é osso duro de roer. Pega a OAB na rodada final e não esperem moleza, pois esse jogo já se tornou clássico.

Na segunda partida o JURIS entrou classificado e podendo garantir a vantagem do empate na semifinal se fosse vencedor, pois ficaria com uma das duas primeiras posições da fase preliminar. A OAB querendo seu lugar na etapa final e uma vitória seria a chave do sucesso.

Jogo de times grandes. Jogo mordido. Estudado. Poucas chances do gol. Muita marcação e tantas faltas. Jogo a ser decidido em jogada individual. É em jogos assim que o talento, o imprevisível entra em campo, mas ninguém ganha se não entrar em campo com gana, com raça.

A OAB saía jogando fácil nos pés de Luiz Fernando e o JURIS não conseguia impedir isso. Por outro lado, a defesa do JURIS estava compacta, perfeita, chegava junto dividindo e assumindo a bola, mas não saía explorando uma de suas virtudes que é a velocidade.

Renato Teixeira começou a rodar os seus jogadores, afinal, o sol já se fazia imponente e o ritmo era forte. A oxigenada deu resultado. Odilon, em jogada individual conduziu até a área e, quase sem ângulo, conseguiu achar espaço do outro lado do gol, encobrindo George, que substituía Vinícius. Eu bem que avisei a George para não jogar com a camisa do “coisa ruim” eliminado da Copa do Brasil humilhantemente, mas ele deu de ombros. Reiou-se. Ele e nós.

Mas o jogo seguiu e lá pela esquerda em triangulação de Bago, Juninho e Wildson, sobrou a bola na área para este último que bateu seco, rasteiro, sem chances para Cleilton. Empate do JURIS.

A partida continuou estudada. Com poucos lances de gol. Muita transpiração e pouca inspiração. O JURIS perdeu Capistrano “Ticão”, machucado. Siro (OAB) foi expulso e a partida ficou parada por mais de 5 minutos em discussões tolas. Charles Elliont antecipou a terceira parada.

Ânimos inflamados. Os dois times voltaram para o quarto quarto após os tradicionais gritos de guerra que comumente só se ouve antes de começar a partida. O JURIS tinha um homem a mais. Hora de tranquilidade e construção da jogada do gol. Alípio entra e vai para a área fazer o pivô. Jogada boba na direita do JURIS e Luiz Fernando chega mais forte em Wildson. Lance casual, de jogo mais disputado. Pinho, apelido de criança, assume seu lado infantil e puxa o calção do adversário. Quer briga. Foi expulso também. O adversário ficou em campo. Cada equipe ficou com 07 jogadores.

Dessa vez não se viu o que normalmente acontecia quando Wildson era expulso no Real Natal (foto acima) ou quando discutia com Paulo Rogério (sempre ele, o nome doce dessa resenha). Wildson se irritava, ficava bravo, esbravejava e dava uns pulinhos irados no melhor estilo “Tá com raiva? Tira as calças e pisa em cima”.

O jogo encerrou no 1x1. O JURIS se manteve na liderança com 14 pontos, mas agora tem a SEA na sua cola com 13. OAB foi a 11. JURIS e SEA classificados. OAB, Meia Boca, Justiça Federal e Real Natal brigando pelas duas últimas vagas, o Real com chances remotas.

Emoção não vai faltar no complemento da sexta rodada e na última e decisiva etapa em que todos jogam no dia 08/06.



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