JURIS TROPEÇA E CLASSIFICA OAB. TJ SEGUE NA LÍDERANÇA



As nuvens negras que pairavam sobre a sede da ASTRA 21 não traziam somente fortes chuvas, mas era a imagem das trevas que ficariam frente a frente com os times da SEA e do JURIS na manhã do último sábado.

O tempo que amanheceu feio só sorriu para duas equipes. O TJ pôde ratificar sua classificação após bela vitória sobre a SEA, e a OAB, ressurgindo das cinzas, surpreendeu a todos ao atropelar o JURIS.

Na verdade foi um dia inteiro de surpresas. A primeira delas foi um improvável atraso no início dos jogos. Waldir Amaral, saudoso e talentoso narrador da Rádio Globo Rio tinha vários chavões entre eles “o relógio marca”, que usava quando ia dar o tempo de jogo. Pois bem. O relógio já marcava além das 8:00h quando Charles Elliont adentra a sede da ASTRA com aquele andar típico e característico da Pantera-cor-de-rosa. Ainda com os cabelos em desalinho, limpava as remelas pregadas nos olhos. A imagem do sono personificada em vida. A chuvinha matinal que batia nas telhas da casa de Charles serviam como música de ninar, e ele, como um bebê, dormia esquecendo-se do tempo e de suas obrigações.

Em campo o TJ tomou às rédeas da partida nos primeiros 15 minutos e chegou fácil ao seu primeiro gol. No intervalo, Gilson “Mamu” deixou de ser a Gandulinha do Botafogo que foi no último jogo e vestiu-se de um Roberto Fernandes e botou o time à frente. Com as entradas de Artur, Yonaldo e Serjão a SEA ganhou vida e começou a pressionar o TJ que parecia dormir em campo, talvez contaminado pelo sono de Charles. A insistência deu certo e a SEA deixou o jogo igual com Yonaldo.

Na volta para o segundo tempo prevaleceu a juventude do TJ que soube explorar a velhice da SEA. O campo pesado começou a interferir no rendimento do pessoal de meia idade da poderosa SEA e as pernas começaram a pesar. Nem Netinho com toda aquela disposição fruto de carne de sol e queijo coalho de Caicó conseguia parar o ataque dos colegas do Judiciário estadual que fizeram quatro gols.

Quando a SEA ainda esboçava uma reação Tatuta entregou o jogo ao tentar sair driblando na entrada da área, quando perdeu a bola e o TJ deu números finais ao jogo: 5x2.

O segundo jogo era mais um clássico. O JURIS poderia fechar o caixão da OAB que vivia forte crise interna. A OAB apostava numa vitória para tentar restabelecer a moral. Então veio a segunda surpresa do dia.

Algumas alterações foram procedidas no time da OAB, mas uma delas foi fundamental: a postura em campo.

O JURIS incorporara o estilo “Leandro Campos” e não jogava, só se defendia. Chamava o time adversário para o seu campo. Não conseguia acertar na saída de bola. O time era excessivamente defensivo, pois não tinha Bago e Andreo machucados e que não voltam mais nesse semestre, Marcelo que assumiu definitivamente sua condição de empresário da noite e Henrique Espinho só poderia jogar um tempo. Com isso o ataque ficou limitado a Cesino e Alípio e raras investidas de Camilo.

Assim foi todo o primeiro tempo, com a OAB tocando bola no campo adversário e o JURIS fazendo uma marcação forte, sem abrir espaços. Somente em algumas tentativas individuais ou chutes de fora da área a OAB chegava ao gol adversário, mais nada com maiores perigos.

Na volta para o segundo tempo logo Siro abriu a contagem em meio a forte chuva, utilizando-se da máxima de “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Então a porteira abriu. Enquanto nada dava certo para o JURIS, a OAB rolava fácil a bola, com todos os seus jogadores imbuídos do espírito da vitória. Não tinha bola perdida e parece que os jogadores se multiplicavam em campo.

Num rápido contra-ataque com toques de primeira a OAB fez o seu segundo gol. Na batida do centro houve roubada de bola e pegou a defesa do JURIS também contaminada pelo sono de Charles. Com o 3x0 o JURIS mandou o time pra frente, mas somente um chute de Camilo na trave mostrou que nada que fosse feito naquele dia faria a bola entrar na trave da OAB.        

Como a resenha é sinal de gozação, já se falava que o pé frio da OAB não era Gileno, mas Laumir, e que o “Todo Poderoso” Paulo Eduardo encontrou finalmente uma ocupação para quando largar o trono da OAB. Isso deu ensejo a terceira surpresa do dia. Uma nova dupla está sendo sondada para atuar fora das quatro linhas da OAB. Comenta-se que Paulo Eduardo convidou Paulo Rogério para ser seu assistente técnico. Pois é, amigos, na OAB não tem beijinho, mas tem PAU-PAU.



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