DOIS GRANDES JOGOS DECIDIDOS NOS MINUTOS FINAIS GARANTEM IGUALDADE NO CAMPEONATO



As partidas realizadas no fechamento da terceira rodada não seriam recomendadas a cardíacos. A emoção esteve presente do primeiro ao sexagésimo minuto de ambas as partidas e deixou o público muito satisfeito com o que viu, até porque o nível técnico foi considerado excelente.

Na partida inaugural a JF tentava manter a liderança e a invencibilidade e encontrou pela frente um JURIS diferente. A equipe do uniforme do Real Madri compareceu para jogar somente com 09 (nove) jogadores, em razão de lesões, férias ou compromissos de outros membros da equipe. Já os Federais tinham 13 (treze) atletas, ou seja, 04 (quatro) a mais e que numa partida dinâmica esse número faz a diferença.

Na moedinha para decidir a bola ou o campo, o JURIS venceu, optou pelo campo do lado da piscina e os presentes ouviram Denilson gritar para os colegas: “vamos jogar com seriedade”. Talvez fosse o receio do militar em saber que o seu time poderia relaxar diante do outro time diminuído em número, mas ele conhecia bem vários dos que estavam do outro lado e sabia que não teria moleza.

O jogo começou a mil e o JURIS fez mostrar que não estava somente na intenção de deixar o tempo passar. Logo Wildson cobrou lateral, Kolberg apresentou-se como surpresa na área e fez o pivô, segurando a bola para a chegada e o potente chute de Bago para abrir o placar. A JF equilibrou a partida quando Denilson encontrou Tutu por trás da zaga e sozinho cabeceou para empatar o jogo.

A partida seguia em ritmo forte e, em contraataque, o JURIS mais uma vez esteve à frente do placar num cruzamento de Bago que Alípio precisou chutar duas vezes para a bola entrar no fundo do gol da JF. O primeiro tempo já chegava ao seu final e num ataque pela direita, Rogers achou Janúncio sozinho na área, entrando com bola e tudo. Nesse momento o JURIS já começava a sentir o cansaço e marcava no olho, seu maior defeito e que o acompanha a cada jogo. No último lance do 1º tempo, Denilson recebeu na área e confirmou sua fama de matador virando a partida.

O que poderia ser a “morte” do JURIS teve efeito alterado. Os nove voltaram para o segundo tempo mordendo e brigando pela bola, conseguindo se segurar na defesa para não levar o quarto gol, se aventurando em contraataques rápidos com Bago e Wildson e usando sempre as laterais do campo para lançar a bola na área. Várias chances de gol foram criadas mas o placar ainda era dos Federais, que também vinham com perigo e assustavam ora com Augusto, ora com Gilberleide, que tentavam criar opções de gol uma vez que Denilson era marcado forte por Jajá e Camilo.  

A partida seguia para o seu final e o placar era injusto. Um empate talvez demonstrasse o que estava sendo o jogo. O JURIS já cansado, mas acreditando em pelo menos deixar o placar em igualdade. Bago puxou o contraataque e teve que ser puxado por Rogers, levando a falta na entrada da área e que lhe valeu o único cartão amarelo do jogo. Na cobrança, Bago carimbou a barreira e na sobra, com praticamente todo o time da JF à frente do gol, Camilo mandou um canudo estufando a rede e empatando a partida.

Seria este o placar ideal para o jogo? Decididamente a resposta era Não. Os Federais tentaram o gol, interceptados com belas intervenções de Vinícius ou atitudes de raça de Capistrano, Eberval ou Kolberg. O JURIS continuava no ataque e teve dois escanteios seguidos. O treinador Derocy mandou Eberval ir para a área tentar o cabeceio, mas ele se recusou, pois as pernas já não acompanhavam o raciocínio.

Então, dois momentos fundamentais no jogo. Um choque involuntário de joelho com joelho entre Camilo e Denilson fez os dois desabarem e receberem atendimento médico. Não deu mais para o militar, que saiu do jogo e isso pode ter interferido psicologicamente na equipe. Também não dava mais para Camilo, mas não tinha mais ninguém para entrar, pois Jajá estava morto do lado de fora. Uma predestinação?  Vocês lerão mais na frente.

O segundo momento foi, talvez, aquilo que Denilson pediu no início do jogo: seriedade. O “veinho” Alípio, no alto de seus redondos 102 kilos e a experiência de um pai-véi, recebeu a bola e a levou sutilmente para próximo à linha de fundo. Dois adversários o cercaram e ele carimbou as pernas dos defensores, conseguindo o escanteio. Seria a última volta do ponteiro. Augusto gritou em desespero: “era isso que ele queria!!!”

Cobrado o escanteio, Wildson tentou antecipar-se a Marcelo, mas não teve sucesso. A bola sobrou na área, a defesa tentou espanar e a bola caiu no pé esquerdo do predestinado Camilo. O pé ruim, o pé murcho projetou-se na bola e o chute saiu fraco, só que na trajetória bateu no adversário e traiu o goleiro Laércio, entrando mansamente no fundo do gol Federal.

Explosão de alegria do JURIS e rostos incrédulos dos colegas da Justiça Federal e do treinador Genilson. Primeira batalha do dia encerrada.

Imediatamente após, pois o sol estava inclemente, o Meia Boca enfrentou o Tribunal de Justiça. Um vinha de um empate nos últimos minutos e o outro de uma derrota. Ambos precisavam de um resultado positivo para poder mostrar que estão vivos.

O TJ veio com um exército. O time quase inteiro estava presente, a exceção de Álcio. Essa ausência pode justificar o porquê do time ter jogado tão bem. Mas isso é situação para o TJ resolver na próxima partida. O Meia Boca jogou à meia-boca. Dez jogadores. Pouco para o sol impiedoso.

E o TJ saiu logo na frente. Mas também logo deixou o Meia Boca empatar. Jogo lá e cá, duríssimo, com ambas as equipes determinadas a vencer o jogo. Novo gol do TJ e novo empate. Fim do primeiro tempo em dois a dois.

Início de segundo tempo e o jogo não perdeu o seu ritmo. O TJ chegou ao seu terceiro gol num pênalti desnecessário do goleiro do MB e que lhe valeu a advertência com cartão amarelo. Mas o TJ perdia para si próprio. Nunca conseguiu ficar mais do que cinco minutos à frente do placar. Cedeu outra vez ao empate.

A partida era forte, assim como o sol. O TJ pela última vez é superior no placar. Faz 4x3 e poderia ter segurado o jogo, mas numa insistência do Meia Boca, onde teve até calcanhar de Bruno Hulk, a bola entrou para empatar a partida pela quarta vez, o que proporcionou até uma dancinha de Péricles e que deixou todos os presentes e até mesmo os que acompanham o campeonato em outros Estados preocupados com o caminho que esse garoto está seguindo em meio a toda essa polêmica atual com igualdade de direitos, casamento entre mesmo sexo, revelações de paixões homoafetivas, Daniela Mercury, Felicianos e afins. A dancinha, associada àquela foto tirada no carnaval de Pirangi, equivale a dúvidas comportamentais. Com a palavra, Péricles para as devidas explicações. Se é que existem!!!!

Enquanto a dança era o buxixo nas arquibancadas e se achava que o Meia Boca estava à meio-bico, Christian virou a partida nos minutos finais e, com mais sobriedade, preferiu uma comemoração a dois com o Bruno Hulk. Dancinha outra vez? Não sabemos. Talvez no vestiário, intimamente, na comemoração. Mas isso é Péricles quem tem que explicar.

Sacanagens à parte, foram dois jogaços. De parabéns as quatro equipes. Jogos limpos, com respeito e no propósito principal de nosso campeonato. Uma ou outra jogada dura acontece. Pedidos de desculpas são aceitos, afinal, se sabe quando se tem a intenção de machucar. E isso não se viu nas duas partidas.

Com os resultados de sábado temos a SEA e o JURIS com 7 pontos, a Justiça Federal e a OAB com 6 pontos, Meia Boca com 4 pontos, Tribunal de Justiça com 3 pontos, Real Natal com 1 ponto e Piratas com zero ponto, ao fim de três rodadas.

*PS: Esse redator tem aqui em suas mãos uma carta, uma carta assinada com o singelo pseudônimo de Mariposo Artilheiro da OAB. Na missiva ele nos conta, que no dia que seria o dia do dia mais feliz de sua vida, o redator mentiu!!! omitiu!!! tergiversou!!! sobre o que verdadeiramente ocorreu na última partida entre a OAB x o Real Natal. Oh Sr. Redator, onde quer que você se encontre, volte a verdade dos fatos. Ele espera ver a verdade voltando, de faróis baixos e pára-choque duro, e que todos saibam que ele fez dois golaços que ficaram na memória de todos os presentes e na história do nosso campeonato. Pronto Siro, está registrado o seu protesto com a marca registrada da nossa verve e sei que você não vai se chatear. Feito o registro e os gols, pode pedir a música, como faz o Fantástico. Essa música bem que poderia ser “A dois passos do paraíso”, da Blitz e que serviu de inspiração para o registro. O problema vai ser Péricles gostar e querer uma dancinha.  



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