SEA E JUSTIÇA FEDERAL FAZEM A FINAL DO SEGUNDO TURNO



Atendendo a súplica dos meus 2 e ½ fiéis leitores, retomo a tradicional resenha na reta final do campeonato.

Encerradas as partidas das semifinais, já sabemos quem vai participar da final no dia 10.11.12. SEA e Justiça Federal estarão frente a frente para uma decisão que poderá resolver o campeonato de 2012, uma vez que a JF, se for vencedora, leva o título direto por ter sido campeã do primeiro turno, repetindo o que aconteceu no ano passado quando Mossoró também levantou a taça sem necessidade de finalíssima.

E lá fomos nós assistir aos jogos do sábado. Muito bom o público presente na ASTRA 21 para acompanhar a partidas. A mesma meia dúzia de sempre. Eu, Elacir, Camilo, Paulo Rogério mais dois moradores dos arredores. Não contam os membros da mesa que estavam trabalhando, nem Mizael, nem Angelo. Desta feita Tales “Maravilha” levou falta. Longe das semifinais depois de muito tempo, foi levar Leandro para passear no Frasqueirão, uma das oito maravilhas do planeta.

Vamos aos jogos. Bem, antes de começar cada partida, aquela munganga de sempre. Mamu de um lado, Renato do outro, reunindo cada time para as táticas, técnicas, catimbas, enfim, o “vamos lá que hoje é decisão”. Esses momentos lembram-me o Prof. Bel, meu eterno treinador, que olhava no olho da gente, infanto-juvenil, fazia aquele desenho geométrico unindo os polegares e indicadores de cada mão e dizia em alto e bom som: “Disputem a bola como se fosse uma ...”. O resto da frase vocês imaginam, até porque os 2 e ½ leitores também foram alunos do lendário Bel. Na segunda partida Biúla substituiu Peba que fora acompanhar a Maurício de Nassau nos JUB’s. O Real não tem treinador. Depois da saída de Paul Roger, o lugar ficou guardado para sempre esperando a volta do boêmio.

Guerreiros, Guerreros, Guerriers, Warriors, Kriegers, Samurais, 戦士, المحارب, ou como se chame em cada parte do mundo, estavam em campo. Cada figura. Cada um ao seu estilo. Seu tipo. Style, diriam os colunistas de moda.  Você vê chuteira de toda cor. Só não tem preta. Os mais precavidos passam protetor solar. Uns discretamente, outros se empapam. Os mais estilosos usam uma camisa – dizem que é uma segunda pele - por baixo do uniforme. Deve ser  para proteger do frio ou então para ajudar a queimar a gordura mais rápido. Ah!, é isso. Gordura não faltava em campo. Marcelo Lira, Péricles, Neto Bola, estes pareciam que tinham ido tomar café no Bari Palesi e comido um filé a parmegianna caprichado.

Péricles é ainda mais fashion, pois encomendou chuteira importada (trazida por Marcelo Sá), que combina com a faixa de capitão. Detalhe: laranja. Well, well, well, como diria Jô Soares, “tem pai que é cego”.

Falando em cegueira, como deixar de notar o totó rabicho de cavalo que Claudio Bulhões usou. Alguém gritou da arquibancada: ...ESCO... lheu um novo estilo.

Mas, caros amigos, estilo por estilo, um deles é inconfundível, evidente, inequívoco. George Gentile. O goleirão da Justiça Federal já se fantasiou de pomba-gira, de canário, de assum-preto, desta feita veio de concriz. Um legítimo corrupião. Negro e amarelo.

Bem, a insistência de conferir homenagem aos plumados traz uma evidência: também plumados são os frangos e os perus.

O arqueiro, melhor figura em campo na partida final do primeiro turno, não estava nos seus melhores dias e quase põe tudo a perder. Foi salvo pelo gongo e pela vantagem de poder jogar pelo empate. Tá bom, tá bom, George, eu sei que você vai insistir que fez uma, duas defesas importantes. Todas as 06 testemunhas que lá estavam viram as defesas, mas também viram o segundo gol, uma autêntica mão de papa, a saída atabalhoada que proporcionou o pênalti no terceiro gol e o cata-borboletas no quarto gol. Passe uma borracha nesse dia.

Para ser sincero o resultado da segunda partida foi justa mais pelos erros de postura do Real Natal, que preferiu discutir entre si e não levou a semifinal tão a sério como deveriam, do que pelo mérito da JF. Tivesse levado todos os jogadores e acreditado que era possível, certamente o NRN teria saído vencedor. Não ganharam a partida por pouco e pelo preciosismo dos bombeiros da JF que, embora sejam os grandes destaques do time, só jogam entre si, esquecendo a coletividade.

Aliás, coletivo é o grande segredo da SEA. Méritos para cada um dos jogadores. Jogam para o grupo. É o time mais velho do campeonato, mas que bota muito menino no chinelo. Impressionante como estão jogando bem, com raça e espírito de integração. É lógico, aí tem o dedo do Gilson Mamu com sua imensa capacidade de liderança. O jogo de ontem teve um personagem: Yonaldo comandou o time dentro de campo. Raça do início ao fim. Parecia o Dunga nos seus melhores tempos. Carregou o time no grito, emulando a cada jogada.

A destoar somente Aldo que, como toda estrela, apareceu somente para as partidas finais. É importante a presença dele? Sim, sem dúvidas, mas futebol é coletivo e o excesso de individualismo dele em mais de um lance não pode comprometer a filosofia de todo um time. Paulo, na hora que poderia dar o troco, mostrou o que é pensar no coletivo. Problema do Mamu que vai ter que saber jogar nesse jogo de xadrez.

Enfim, vitória maiúscula da SEA por 3x1 contra o Tribunal de Justiça. E empate de 4x4 num excelente jogo de futebol entre New Real Natal x Justiça Federal.

A final será jogada daqui há 15 dias, ultrapassado o feriado do próximo fim de semana. Não há como adiar as rodadas que foram definidas desde fevereiro.

Clique aqui para voltar.