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O treinador José Mourinho tem uma frase onde diz que "as finais são para se ganhar e não para se jogar". Eu vou completar o pensamento do polêmico e competente treinador português. Acho que sábado teremos muito mais do que um bom divertimento para uma boa conversa e tomar cervejas.

O Meia Boca e o Periculum in Bola foram as melhores equipes na fase preliminar e entraram em campo hoje com a vantagem do empate. Não precisaram usar o benefício. Venceram seus jogos e se credenciaram a fazer um grande jogo no próximo dia 02.

O MB de Claude & Cia Ltda chega as finais dando o famoso "liso". Não perdeu nenhuma partida até agora e está novamente numa decisão de campeonato, onde tem cadeira cativa desde o ano de 2013. O PIB é um dos neófitos na ASTRA 21 e chega a sua segunda final do ano, uma vez que venceu o torneio início. Quem ganha torneio início ganha campeonato??? Esse será o cavalo de batalha do PIB.

E o que vimos neste sábado? Duas excelentes partidas e que relembraram as velhas semifinais de 10 anos atrás, quando TRE, SEA, Bola Murcha e Mossoró se encontraram e o time do oeste começou a sua épica conquista do tetra campeonato, vencendo na final o Bola Murcha por 1x0.

O MB pegou o Real Natal e, mesmo saindo atrás, teve a competência e a frieza de fazer o jogo correr e encontrar a vitória na hora certa. Neto Bola foi o cérebro da partida, comandando o time dentro de campo com orientações que privaram o RN de jogar. A ausência de Pedro Henrique e Rodrigo Pitanga, sangue novo da equipe de Max, foi sentida. E o outro Marx, com a grafia do doutrinador socialista, segue a doutrina do "quero uma bola só para mim", esquecendo que futebol é coletivo. O RN fez uma bela campanha, mas encontrou uma equipe superior e não foi desta vez que se garantiu na final.

No clássico dos causídicos, vimos um jogo onde ninguém podia vacilar. O PIB levava uma vantagem numérica, mas ambas têm elencos muito bons. E o jogo seguiu parelho até o último quarto, período que os veteranos já sabem: "é onde as coisas acontecem".

Delli contou com a ajuda do montinho artilheiro e acertou poste do goleiro Bruno, que substituiu Cleilton. Na jogada seguinte, Silvinho deu o troco acertando a trave de Ronni.

Era o jogo da velocidade. A faixa etária das duas equipes favorecia o pensar rápido e o executar ainda mais rápido. E assim o placar foi aberto, numa joga de celeridade no ataque. Silvinho achou Vitor se apresentando como um pivô à frente do goleiro e sem marcação. O motorzinho do PIB, com a habilidade herdada dos Lamartine, mandou o balãozinho e Vitor, assim como no jogo passado, foi rápido no pensamento e, ainda de costas, encobriu Ronni, que catou borboletas. Um golaço com o mesmo estilo do gol da semana passada e que credenciou o PIB a ter a vantagem na final.

O BA empatou na cobrança da 6ª falta com Delli e partiu para o desespero. Mas sucumbiu à frieza de Rodrigo "Pagode" e ao chute certeiro de Silvinho, matando o jogo.

Alguns fatos curiosos vistos nas partidas:

1) O perfilhamento e cumprimento das equipes antes da partida, cumprindo determinação do árbitro Paulo Jorge. Excelente a iniciativa e deu um ar de profissionalismo as semifinais;

2) Os cartões amarelos dados a Jair (MB) e Lailson (PIB). O primeiro precisou ficar na posição de sentido, bater continência, pagar 10 flexões e pedir desculpas ao árbitro. Tudo no mais perfeito silêncio de toda a arquibancada que até então era só festa. O segundo foi admoestado sem sequer entrar em campo, e pior, ficou fora da final pelo segundo amarelo recebido;

3) Marcelo Leão entrou mudo e saiu calado no jogo. Quem tem dedo tem medo, já diz o ditado;

4) Major Rufino, o manager do PIB, lembrou a icônica e lendária figura de Paulo Rogério (Real Natal), aquele que entrava quando o seu time estava ganhando e sempre provocava a reação do adversário. Rufas entrou cheio de gás após o 1x0 e logo ocorreu o empate. Saiu de fininho e viu, da arquibancada, seu time garantir a vitória;

5) O Boca de Álcool reclamou, nos dois tempos, sobre a contagem das faltas. Infrações estas que eram contadas, simultaneamente, pelo árbitro e a mesa. O que o BA mostrou ser bom no futebol, não é na Matemática. Aliás, se o PIB tem um "Tales", não há um 'Pitágoras" no BA.

Confira Artilharia e Cartões

SEMI FINAIS

MEIA BOCA 5 x 2 REAL NATAL

PERICULUM IN BOLA 3x 1 BOCA DE ALCOOL