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E então, Senhores. Estamos nos dirigindo para o fim dessa festa gostosa que é o nosso campeonato. Os ares de nostalgia já começam a pairar pela ASTRA 21. A emoção e a expectativa estiveram presentes até o apito final da partida entre Advogados x TRE na tarde do sábado. E, para surpresa geral, as equipes que chegaram a última rodada em segundo e terceiro lugares estão fora das semifinais. Isso já demonstra como estavam próximas as equipes e qualquer vacilo poderia comprometer.

Na 5a feira (feriado), Advogados x SEA/REAL completaram o último dos jogos atrasados, hipótese que foi comum nesse segundo turno de forma atípica. Os causídicos venceram o jogo por 3x0, garantindo a sua classificação e colocando a SEA/REAL numa situação difícil na rodada final. O time do TRT, chegando da Olimpíada, não fez um bom jogo e ainda tiveram o azar de Yonaldo não estar num dos melhores dias, empurrando, involuntariamente, duas bolas no cantinho de Paulo Fernando, que inclusive, teve que sair do jogo passando mal. O placar foi concluído num belo sem pulo de Robério, que beijou o travessão antes de morrer no fundo do gol.

Na manhã do sábado tivemos duas decisões: SEA/REAL x TJ tinham o mesmo número de pontos. O time do TRT com uma vitória a mais, o que lhe dava a vantagem no caso de um possível empate. O TJ levou o jogo mais a sério e venceu fácil por 6x2, incluindo-se entre os quatro semifinalistas e colocando a SEA/REAL à espera de um milagre. O TJ continua um time agressivo, ofensivo e perigoso, só precisa deixar de reclamar tanto entre eles próprios e contra a arbitragem. Essa ladainha eu já venho cantando aqui há tempos. A SEA/REAL precisa refletir. A proposta da equipe é manter os jogadores do Tribunal em atividade pensando na Olimpíada anual e essa ideia é válida, com o enxerto de alguns que já são habitués do campeonato. Mendigar a presença de quem pouco vem e não dá satisfação ou que abandona o time na hora da precisão não parece ser uma prática a ser adotada daqui pra frente. Gilson "Mamu" saberá o que fazer. O destaque da partida foi Marcelo Lira. Não por ter se mostrado útil ou decisivo. Mas porque anunciou sua aposentadoria. Marcelo é um dos últimos remanescentes do elenco dos que começaram o campeonato lá em 2001. Nós jogamos juntos várias vezes defendendo às cores do TRT e da ASTRA 21, assim como fomos leais adversários em tantos campeonatos. Temos a mesma idade, somos da mesma geração e honramos a camisa que vestimos. É americano, mas aí ninguém é perfeito.

Piratas x Justiça Federal foi o outro clássico a decidir uma vaga nas semifinais. E decidiu duas. O empate pode ser considerado heroico e histórico. Heróico porque a JF somente tinham dois no banco e fez um jogo de leões contra os Piratas com dezessete jogadores à disposição. Com enorme disciplina tática, a JF desfalcada de Pedro Martone e de Gustavo, fez um jogo coeso e inteligente. Começou perdendo com um gol de Jeremias, mas somente no segundo tempo, mas, mesmo assim, não esmoreceram. Empataram num golaço de Igor, de calcanhar, que foi anulado sabe-se lá o motivo por Charles Elliont, sem direito a VAR, nem apelação, nem mesmo um pedido de amigo para voltar atrás. Os caras continuaram a acreditar, até que o mesmo Igor, recebendo uma bola de costas para o gol e com uma parede de três jogadores lhe marcando, fez o giro com competência e deixou no fundo do gol. Histórico porque os Piratas - isso mesmo, Senhores - os Piratas estão numa semifinal do campeonato da ASTRA 21 após 20 anos de peleja. E mais: chegaram as semis de forma invicta neste segundo turno. Mais uma super-informação para os anais da história. Os Piratas remoçaram, tem hoje um pessoal comprometido que está presente a cada jogo, e que vai vender caro a vaga na final. O problema deles é a bagunça na hora de escolher quem vai jogar. Zé Do Carmo é o líder para aglutinar e unir o grupo, mas falta quem faça a leitura técnico-tática do jogo e defina quem vai entrar para quem. Tem hora que o time tem seis atacantes ou seis defensores, ou tem um que tá morrendo, mas não admite sair quando tem um exército de colegas com mais gás que ele do lado de fora. Se o time encontrar alguém que os auxilie do lado de fora, certamente a performance será mais positiva. O destaque do jogo foi Igor (Justiça Federal) pelos dois golaços que só valeu um.

À tarde tivemos Advogados x TRE. Os causídicos não precisaram suar muito a camisa para vencer o jogo, manter a invencibilidade e a liderança do segundo turno. A vitória retirou dos semifinalistas o TRE.

O campeonato 2019 teve oito equipes e seis delas entraram no seleto grupo de semifinalistas, somando o primeiro e o segundo turnos, o que demonstra que o nível estava muito igual e que o detalhe é que fez a diferença.

Dia 19.10 teremos as das semis com Advogados x Piratas e Tribunal de Justiça x Justiça Federal. A soma da pontuação dos dois turnos mostra uma notável diferença dos Advogados em relação as demais equipes, mas a Kolluna não arrisca nenhum prognóstico. 

SEGUNDO TURNO

(*) Art. 13, letra "f" do Regulamento