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ASTRA FASHION WEEK. Cores combinando e armadura camuflada.

A possibilidade de um vencedor no jogo entre Real Natal x AMARN/AMATRA era previsível. E o sucesso da SEA contra os Piratas, também. Isso tudo no papel, antes da bola rolar. De fato, houve um vencedor, no primeiro jogo. Mas a goleada sofrida pelos juízes não estava no script. Já a SEA venceu os Piratas, mas somente no último quarto. 

Vamos aos jogos.

Um personagem que estava ausente do nosso campeonato, ontem teimou em reaparecer. A popular "cera". Galácticos e juízes "cozinharam" a entrada em campo, retardando o início da rodada. Tática desnecessária e improdutiva, além de desrespeitosa com as equipes que vão fazer o segundo jogo.

Iniciado o jogo, a Amarn/Amatra tomou às rédeas nos primeiros 15 minutos, pois sabiam que um resultado positivo lhe abriria às portas da classificação e espantava os últimos resultados. Higor roubou uma bola no meio do campo, progrediu até a intermediária e entregou para Vladimir, que com a frieza de um Voldemort, personagem do Harry Potter, ainda limpou do goleiro, abrindo o placar em grande estilo.

O resto do primeiro tempo foi igual, porém, a velha "cera" passou a ser o oitavo jogador da AA. E não se começa a fazer cera ainda na etapa inicial. A bola pune.

No primeiro ataque do segundo tempo, o Real empatou com Marx. Os juízes responderam imediatamente. Higor cruzou na cabeça de Pedro Paulo, que testou e ia sair para o abraço quando Jean, olimpicamente, interviu com as mãos. Pênalti e cartão amarelo para o infrator.  Higor foi o encarregado da cobrança, mas acertou a base do poste direito. Foi o lance capital do jogo.  A partir daí a AA deixou de jogar, o Real cresceu e quem estava na Astra 21 passou a ver a elegância sutil de Jefferson, como um dia musicou Caetano Veloso para Bobô.

O cara assumiu o jogo. Dos seus pés saiu o desempate. Logo depois, participou de uma perfeita triangulação com Marx e Pedro e veio o 3x1. Marx, de fora da área, encheu o pé e fez um belo gol (4x1) e também o 5x1. Pedro fechou a goleada. Exuberante a arrancada do Real.

SEA x Piratas, antes do jogo, em condições normais, seria um jogo fácil para o líder. Seria se não fosse a "corrida maluca". Os Piratas estavam somente a conta. Seis na linha e um no gol. No banco, somente Zé do Carmo, machucado. Na SEA, ausências de Netinho e Márcio. "Barbada", como se diz no turfe.

Bem, Gilson "Mamu" tem se mostrado um estrategista na hora de montar o time, mas ontem Odilon, ainda em recuperação da cirurgia transretal nos meniscos, deu trabalho ao poderoso da SEA. Os Piratas jogaram atrás, explorando o ataque raramente com o fôlego do incansável Vitor. A SEA se perdeu e ficou no toque de bola. Quando tentavam o gol, tinha uma barreira quase intransponível: Romário.  No segundo quarto, curiosamente, Carlos Augusto e Fábio trocaram passes no ataque, até que a zaga vacilou e Fábio cruzou para um dos filhos de Virgílio entrar com bola e tudo. Gol dos Piratas.

No terceiro quarto, Weberton empatou. Os Piratas se seguravam como podiam. Aí vem o tal do quarto quarto, onde as coisas acontecem. Escanteio para a SEA. Cruzamento no primeiro pau, Yonaldo estica as pernas de Mr Fantástico e, num golpe de Kung Fu, manda para o gol. Os Piratas já mostravam os primeiros sinais de cansaço. O terceiro gol veio em seguida, com Tatuta. Vitória de dois pontos para a SEA que garante a classificação e fará uma das semifinais com a vantagem do empate.

Coluna do Kolluna

1 - A coluna não podia iniciar sem deixar de fazer menção aos bravos Piratas deste sábado: Romário, Sebastião, Dirceu, Vitor, André, Carlos Augusto e Fábio. Sete jogadores em campo, como a regra prevê. E um apenas, no banco: Zé do Carmo, durante todo o jogo. Fizeram uma partida limpa, bonita, e só sucumbiram quando cansaram;

2 - O que está acontecendo com a Amarn/Amatra? Líder absoluta nas duas primeiras rodadas, depois da derrota para o TCE o time se perdeu. Nos últimos quatro jogos só fez dois pontos em dois empates, e entregou seis pontos aos seus adversários. O time, que tem elenco para ir as finais, precisa definir qual o propósito para 2018: disputar o título ou participar do campeonato. A partida da sétima rodada com a SEA será crucial, e a "poderosa", embora já esteja classificada, vai querer ser líder para cruzar com o quarto colocado;

3 - Justiça seja feita. Guilherme "Tigre", com suas intervenções, evitou o mal maior. A goleada seria ainda mais humilhante;

4 - Os times têm de aprender a jogar com regulamento. Só a vitória por quatro gols de diferença concede três pontos. Faltou esse tino aos juízes, ontem. Quando levaram o terceiro gol, baixou o desânimo. Era para ter se segurado lá atrás, evitando a goleada. Se não dava mais para vencer, que impedisse que o adversário fizesse três pontos;

5 - Um momento nostálgico na ASTRA 21 neste sábado. Em meio à partida entre SEA x Piratas, a bola veio em direção à mesa. Prontamente, Elacir, nosso torcedor número 1, e primeiro goleiro da OAB em nosso campeonato, encaixou a pelota, salvando um acidente fortuito. Quem sabe, sabe;

6 - Segunda ausência de Max. Segunda goleada do Real Natal. Tirem, cada um, suas conclusões, sem segundas intenções;

7 - Fim do jogo. Último minuto. As pernas pesando cem quilos cada uma. O gol escancarado a sua frente. A bola vem em sua direção. Em fração de segundos, o raciocínio desesperado: "Senhor, porque eu o escolhido!!!" Dirceu foi o novo protagonista do Inacreditável Futebol Clube;

8 - Uma vitória simples do TJ, no próximo sábado, tira os juízes dos pré-classificados;

9 - A Kolluna tem ajudado ao bem estar e melhor qualidade de vida dos boleiros. Semana passada, fez referência que Camilo (RN) e Diego (TCE) estavam, digamos, gordinhos. Camilo levou a sério e chegou menos pesado esta semana. Só resta a Diego seguir o conselho e fazer a mesma coisa: cortar o cabelo;

10 - Seguindo as nossas informações semanais sobre as curiosidades do futebol, vamos saber a origem da expressão "gol de placa". Em 1961, na vitória de três tentos a um do Santos sobre o Fluminense pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa, Pelé realizou um belíssimo gol, driblando seis adversários antes de mandar a bola para o fundo das redes. O então cronista esportivo Joelmir Betting, encantado com a façanha do "Rei do Futebol", pagou do próprio bolso uma placa de bronze para registrar o momento, imortalizando o lance. A expressão caiu no gosto do povo e até hoje a placa celebrando este gol está no Maracanã, palco da partida.

11 - Convidamos os boleiros a conhecer a página "Nostalgia F. C.", uma subpasta na aba "esportes", no site da ASTRA 21.

Confira a classificação, Cartões, Artilharia e Tabela acessando aqui.