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Na manhã de sol forte deste sábado ocorreram as partidas semifinais do primeiro turno do Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21. As partidas em si não trouxeram a emoção esperada, se não pela participação desastrada do assoprador. Ele foi a estrela, o protagonista dos dois enredos que viraram novela para as equipes perdedoras.

Chegou atrasado. Entrou diversas vezes em discussão com os atletas. Passou a distribuir cartões amarelos como a demonstrar autoridade. E interferiu nitidamente no resultado final dos dois resultados. Não adianta mais chorar o leite derramado. Cada campeonato tem o seu "Cabelada", o seu "José Roberto Wright" (quem não é do tempo deles, pesquisem para se enriquecer culturalmente).         

MASTERS x RFC. Os Advogados entraram em campo para defender uma invencibilidade de 15 (quinze) jogos e 10 (dez) meses. A última derrota dos causídicos foi em 16.07.2022 para o TRE por 1x0. Foram para o jogo com 10 (dez) jogadores, situação curiosa porque até então jogaram com um time em campo e dois times no banco. Saltou aos olhos a ausência de Raniere na cabeça da área e a liderança de Jean, que foi curtir o show dos Titãs. O time é excelente, não há dúvida quanto a isso, mas não foi bem na semifinal. O RFC entrou com o seu goleiro Lucas machucado. Don Rifo o levou a um pai-de-santo, que receitou uma canja milagrosa de cabeça de galo nascido de um ovo choco descido da cloaca de uma galinha preta à meia noite de 13 de agosto. As outras orientações passadas não podem ser reveladas aqui porque se sabe há leitores menores de 18 anos. Mas há testemunhas que Don Rifo cumpriu tudo fielmente. Ausências também no time do Rifocina. Vitinho, indisciplinado, cumpriu a "Lei do Cão" agoniado na mesa ao lado deste escriba. Wesley, dizem, estava envolvido em lençóis macios, travesseiros soltos e roupas pelo chão a comemorar seu aniversário. Os demais ausentes eu não sei, e a porra dessa resenha não é coluna social para saber o que é que cada um estava fazendo às 7h15 da manhã de um sábado de junho/2023! Os Advogados abriram o placar com Rodrigo "Pagode", que sendo regular e de milho em milho (gol em gol) está no podium da artilharia. O RFC virou com Pablo e Gildenor Jr, este com a franja acentuada pelos efeitos da chapinha que Giba (Supermasters) lhe emprestou. O resultado permaneceu até os 30 minutos do segundo tempo, quando o árbitro marcou falta duvidosa sobre Silvinho Lamartine. Era a sexta e Thiagol cobrou com categoria para empatar e colocar seu time na final, uma vez que jogava com o benefício do resultado igual.

PIRATAS x SEA/REAL. Também não foi um jogo envolvente. Os Piratas com ausências sentidas de Odilon e Sadrack, o artilheiro fino do jogo passado. Por outro lado, com o reforço de Arthur e Fábio Bensunsan que, largando a vida boêmia ou se encorajando para sair da cama às 6h da manhã de um sábado, enfim, foram para o seu primeiro jogo (mas não jogaram). A SEA/REAL sem seu articulador com nome de craque: Izael "Messi". E o time continuou sem o futebol que sabe jogar. Empate insosso no primeiro tempo. De emocionante mesmo só a bola rebolada no campo adversário por Fantico, depois de fazer falta clara em Victor. Mas ele jura de pés juntos e bigode crespo que só fez devolver a bola para o time adversário. Por falar em bola, apareceu na ASTRA 21 uma bola vermelha, daquelas que se joga no campeonato do Alaska para se poder vê-la no campo encharcado de neve. Dizem que quem mandou de lembrança foi Geraldo "Lugano", que anda de férias por aquelas bandas. E num é que confiscaram a bola. Uns justificaram que a bola ela leve, outros que saltitava feito veado (o bicho) a correr pelas pradarias africanas. Uma terceira corrente sustentava que confundia com a cor do uniforme dos Piratas. A quarta tese é de que um fiel a Bolsonaro disse que a minha bola nunca será vermelha e deu um fim nela. Sabe-se lá o que de fato ocorreu. Só sei que vermelho mesmo ficou eu com a arbitragem. E olhe que eu não gosto de vermelho e é cor medonha que não uso e não entra na minha casa. Faltas invertidas, cartões bisonhos, olhares fuzilantes dos jogadores para a mesa e eu a corar. Thiago fez 1x0 num chute rasteiro e eficaz (você sabe jogar bola, meu filho! Reclame menos e se concentre no jogo). No 4/4, Márcio fez 2x0. Os Piratas não se entregaram e fizeram 2x1 com um corta-luz gibeoniano de Arnaldo num chute de Scala. Os bucaneiros jogavam pelo empate e reclamam a sexta falta sofrida por Scala no fim do jogo, que terminou em 2x1 e a SEA/REAL está na final.

A final do primeiro turno será a repetição da final do Campeonato de 2022, quando cada uma das equipes venceu um turno.

Esclareço que a Kolluna não é soberana nem sua opinião sobre os jogos vai prevalecer. Cada um tem a sua verdade, já dizia Nietzche. Faltas e cartões amarelos são interpretativos. Estou relatando o que vi e o que achei, sem desmerecer, diga-se de passagem, a vitória de nenhuma das equipes. Os inúmeros cartões distribuídos nos dois jogos deste sábado foram anistiados. Não valeu nenhum. Já basta a lambança que foi feito nas partidas.