20
JUL
2015
TJ VENCE CONFIANÇA E MANTÉM A ESCRITA. MEIA BOCA GOLEIA A SEA
No sábado passado foram quatro equipes em campo da chamada elite do nosso campeonato. Times que podem se classificar para as semifinais. Portanto, dois clássicos. O TJ vinha de derrota contra o Meia Boca e precisava se reabilitar.
Tabu. Segundo o Novo Dicionário
Aurélio de Língua Portuguesa significa Instituição religiosa ou mágica que atribui a uma
pessoa ou coisa caráter sagrado; feitiço.
Talvez a verdadeira definição esteja sendo usada de
forma errada no que se refere ao futebol, pois utilizamos comumente quando algo
não consegue ser mudado, uma equipe não vence a outra ou um jogador não consiga
fazer gol em determinado jogo. Enfim, o que se vê é que depois que o JURIS
transformou-se em Confiança não consegue vencer o TJ. São cinco partidas, com
três empates e duas vitórias dos colegas do Judiciário Estadual, uma delas que
tirou a longa invencibilidade de 23 (vinte e três) que persistia desde a
criação do novo Confiança. Seria um feitiço?
O que se viu no
sábado passado foram quatro equipes em campo da chamada elite do nosso
campeonato. Times que podem se classificar para as semifinais. Portanto, dois
clássicos. O TJ vinha de derrota contra o Meia Boca e precisava se reabilitar.
Nada melhor do que se encontrar com a equipe campeã do primeiro turno, mas que
lhe tem como algoz. Um novo resultado positivo daria moral para seguir vivo no
segundo turno. O início da partida atrasou, mas isso não quer dizer que as
equipes entraram frias no jogo. Com 2'30" Damião fez jogada de velocidade e
entrou sozinho na área para tirar de Anderson e a bola, caprichosa, tirar tinta
do poste esquerdo do gol da piscina. Um minuto depois a zaga do Confiança
conseguiu entregar a bola no pé do adversário por três vezes seguidas. Vacilar
na frente do cão é pecado. Marquinhos empatou a partida. O gol desconcertou o
Confiança, que numa manhã alternada de chuva, vento, sol e nuvens viu pairar a
sombra de um novo tropeço diante de seu carrasco.
O jogo era bom.
Marcelo "Jobson" mandou na trave e a bola voltou no pé de Damião, que sempre
arisco, puxou o contraataque e tocou para Denílson, que foi abafado por
Anderson. O Confiança reclamou que o goleiro havia saído da área. Logo em
seguida o TJ chegou com Cipriano dentro da área tentando deslocar Baguete, mas
o goleiro fez uma belíssima defesa com o pé. Arrojo e senso de colocação.
Aliás, Baguete foi muito exigido no jogo inteiro. O TJ jogava muito bem.
Durante todo o primeiro tempo só fez uma única mexida, com Wildson entrando
para o lugar de Fernando. Já o Confiança mexeu com Gil para Fabrício, Augusto
para Camilo e Assis para Damião.
O segundo tempo
veio com a mesma intensidade. O TJ promoveu a reestréia de Guilherme Vanin, que
entrou no jogo com pneus lisos e no primeiro lance patinou atrás da bola,
precisando recorrer aos boxes para por os pneus biscoito. O tempo passava e o
Confiança parece que só tinha na cabeça a revanche, sendo que isso começou a
interferir psicologicamente. Muitos passes errados, saídas atabalhoadas na
defesa, gols perdidos no ataque tudo era motivo de reclamações acintosas. O TJ
foi esperto e beliscou mais um. Uma nova saída errada da defesa e Paulo Cesar
deixou o seu. Todo o Confiança jogou mal, diga-se, mas sua defesa fez, de
longe, a pior partida de sua história. Até o goleiro Baguete, conhecido pela
sua tranqüilidade, saiu do sério. No TJ um louvor para todo o time. Jogaram
como se fosse um faminto brigando por um prato de comida. Difícil escolher um,
mas considero que o Marcelo "Jobson" se doou além do seu limite. Ao fim do jogo
era visível seu estado de prostração. Esforço que valeu a pena.
A partida de fundo
foi desigual. O próprio placar denuncia. Meia Boca 5x0 SEA. O que ocorreu, se
as duas equipes estiveram entre os semifinalistas do primeiro turno? Simples.
Não se chega a lugar nenhum no campeonato da ASTRA 21 se não houver banco. Se no MB só um de seus jogadores não
foi, na SEA só havia um no banco. Impossível de se jogar assim contra uma
equipe favorita ao título. Pode-se dizer que os jogadores da SEA foram heróis
em se manter em campo até o fim, posto que Tatuta teve contratura muscular na
coxa e passou só a fazer número. Os gols foram saindo sem muito esforço, embora
a valentia da SEA fosse visível. Neto Bola fez de chapa o primeiro após roubada
de Curinga em cima de Marcelo Lira. Scala e Pedro Wanderley também deixaram os
seus e o primeiro se habilita na briga pela artilharia. A SEA segurou os 3x0
até o fim do terceiro quarto. Na parte final Péricles e Curinga decretaram o
placar final.
A situação da SEA
merece uma reflexão de seus próprios membros, para o bem do campeonato. A
"poderosa" já se iguala aos Piratas na cor do uniforme. Brigar com eles pela
rabeira da tabela não se coaduna com a sua briosa história.
Próxima semana tem
Real Natal x Santo Antonio e Piratas x Bohemia.
- Coluna do
Kolluna FC
1) O atraso no
início da partida inaugural de sábado não deverá se repetir. A tabela marca o
começo às 7:15h com quinze minutos de tolerância. Prezamos por esse respeito.
Admitimos que a chuva possa provocar o atraso, mas que não se torne
corriqueiro. No máximo o centro deve ser batido às 7:30h;
Ausência de Elacir
na ASTRA 21 foi notada por todos.
Tem de levar o atestado médico para abonar a falta;
2) A rodada de
sábado proporcionou o retorno de dois goleadores ilustres: Guilherme Vanin (TJ)
e Assis (Confiança), depois de longa ausência. Ganha o campeonato;
3) Quando a coisa aperta
chama o "Super" Alípio que ele resolve. Dessa vez não teve jeito. Mesmo assim
deixou Tonho na cara do gol no fim da partida, mas a investida não teve
sucesso;
4) Histórico de TJ
x Confiança. Vejam as datas e os placares: 14.06.2014 (4x4) (1º turno),
12.07.2014 (1x1) (semifinal 1º turno), 09.08.2014 (1x1) (2º turno), 23.05.2015
(3x1) (1º turno) e 18.07.2015 (2x1) (2º turno). Tabu?
5) Apesar do revés
da SEA, todos torciam que Yonaldo ao menos fizesse o seu gol para homenagear o
recém nascido Giovanny. Não veio o gol, mas que venham as bênçãos ao rebento.
Parabéns de toda nação boleira;
6) Esse time do
Meia Boca engrenando vai ser ainda mais difícil enfrentá-los. Segurança no gol
e na zaga, toque de bola de classe no meio de campo e objetividade no ataque.
Candidatos ao título;
7) Cara e Coroa. Tristeza
no jogo do Meia Boca x SEA. Neto Bola voltou a sentir o joelho e saiu amparado.
Sério desfalque. Alegria de Péricles em voltar a marcar. O novo treinador
encontrou o lugar certo para o camisa 20;
8) A briga pela
artilharia vai se tornando um capítulo à parte com Helinho (SEA), Marquinhos
(TJ), Monteiro e Denilson (Confiança), Scala e Christian (Meia Boca);
9) O professor Peba
não é de holofotes. Saiu do meio do redemoinho pós-jogo do Confiança. Depois
chamou seu time para uma longa conversa que serviu como "puxão de orelhas". A
união sempre foi o forte desse grupo.
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