SEA E JURIS FARÃO A DECISÃO DO PRIMEIRO TURNO



Fim de semana esportivo. Tivemos as semi-finais do primeiro turno do Campeonato de Futebol da ASTRA 21, a abertura da II Copa dos Advogados da OAB/RN e a abertura da Copa das Confederações, que serve de aperitivo para a Copa do Mundo de 2014.

Antes de falarmos do nosso evento em particular, traçaremos algumas linhas acerca da Copa das Confederações e tudo o que tem lhe cercado, notadamente em face dos protestos realizados em cada cidade onde ocorrem os jogos.

A mídia deu ênfase às vaias que a presidente Dilma Roussef recebeu em pleno estádio Mané Garrincha, em Brasília, antes da estreia da seleção brasileira na competição. Um protesto normal, legal e pacífico, típico das multidões quando não está satisfeito com alguém que usa o microfone para falar em público.

De plano não acho que se deva levar em tanta consideração o ato, considerando que em estádio de futebol o público vaia até minuto de silêncio, frase perfeita do inesquecível Nelson Rodrigues.   

Todavia, pelo lado sociológico da coisa, é importante tirar algumas conclusões. A queda da popularidade da presidente é real. O público presente ao estádio não era agraciado com bolsa-família ou outras benesses do governo. Era a classe média, onde o aperto é sentido de forma mais clara, e usou um momento que, historicamente é usado como ópio do povo (vide a Copa de 70), para protestar. Ou seja, no país do futebol, o futebol foi usado como forma de protesto. Isso é sinal de evidente mudança no comportamento do brasileiro.

De lamentar os conflitos no entorno de cada campo de futebol (recuso-me a classificá-las de arenas). O povo na rua, organizado e usando a sua cidadania para protestar pacífica e ordeiramente, é direito e garantia constitucional, mediante sua liberdade de manifestação de pensamento (art. 5º. , inciso IV).  

O povo em local público, desde que esteja exercendo seu direito sem excessos, não pode ser reprimido com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta pela polícia. Até profissionais do jornalismo sofreram na pele os atos desmedidos de quem está ali para garantir a ordem. Até parece que a polícia está levando a sério aquele pronunciamento infeliz do Secretário da FIFA Jerôme Valcke, quando ainda no ano passado, preocupado com o andamento das obras em cada cidade que receberá os jogos da Copa do Mundo, disse que “o Brasil merece um chute no traseiro”.

Que a ordem seja um símbolo, como aquele que está estampado em nossa bandeira, e que seja a verdadeira antecessora do progresso.

(...)

SEA e JURIS serão os finalistas do primeiro turno do 14º Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21, as mesmas equipes de melhor aproveitamento na fase preliminar.

Ambas jogavam pelo empate contra seus adversários – Meia Boca e OAB – respectivamente, e o empate de 3x3 deu a SEA a condição de ir a final, considerando que classificou-se em primeiro lugar na fase preliminar.

A SEA fez um jogo morno, dormido, sem muito entusiasmo. Parecia não estar preocupado com o time adversário, este desfalcado de sua espinha dorsal, uma vez que jogou sem o goleiro Patrício (suspenso), Scala e Bruno “Hulk”.

Por outro lado a SEA trouxe a sua arma secreta – Márcio Mossoró – que sempre desequilibra nos momentos decisivos.

A presença da SEA na final é fruto de um entrosamento que vem de algum tempo e que começa a render frutos. Lembro que a mesma SEA disputou a final do segundo turno, ano passado, perdendo nos pênaltis para a Justiça Federal.

Quem sabe não seja a oportunidade da “poderosa” voltar a levantar um título, ela que é a maior vencedora da história do nosso campeonato.

No outro jogo uma partida de iguais. JURIS x OAB fizeram o típico jogo estudado, onde o detalhe faz a diferença. O JURIS em crise após a derrota humilhante para a SEA na última rodada e que lhe rendeu a perda da invencibilidade e a pecha de amarelão. O treinador Derocy preferiu entregar o cargo, apesar dos tantos apelos dos jogadores para que continuasse. A desconfiança pairava antes do jogo começar. A OAB, sempre presente nas semi-finais, tentava mais uma vez chegar numa final.

O JURIS entrou em campo bem diferente da última partida. Não tinha bola perdida. Disputava cada jogada. A OAB adiantou a marcação na saída de bola com Aldo e Neffer, tentando encaixotar o JURIS. Em algumas ocasiões chegou a dar trabalho. O JURIS mudou a estratégia, passando a sair rapidamente pelas alas, tentando fazer chegar a bola para Wildson e Bago, reconhecidamente rápidos e que tem boa performance no ataque.

O primeiro tempo teve poucos lances de perigo. Aldo, debaixo da trave, isolou uma bola espalmada por Vinícius numa cobrança de falta. Já Wildson, no último lance do primeiro tempo, ficou cara-a-cara com Cleilton, que cresceu a sua frente e evitou o gol. Dois detalhes que poderiam influenciar no resultado.

Veio o segundo tempo e o JURIS tentou cadenciar o jogo com posse de bola. A OAB tinha qualidade na saída com Luiz Fernando, mas o sol quente começou a agir. A mobilidade de Aldo e Neffer já não eram as mesmas. A defesa do JURIS acompanhava muito bem esses dois. A OAB perdera Odilon no primeiro tempo com estiramento muscular e não tinha Tales e Pedro Wanderley, o que fragilizou o ataque.

Já Camilo e Cesino, depois Netinho e Jajá, se revezavam no meio do campo, oxigenando o jogo fazendo com que o time do JURIS mantivesse o gás na área mais crítica do campo.

Até que no último lance do terceiro quarto, Bago desvencilhou-se do marcador e partiu para o gol, obrigando a Cleilton a sair da área e interceptar a bola com as mãos, o que lhe rendeu a expulsão. A OAB ficou com um homem a menos e precisando vencer.

Pegado foi para o gol da OAB. A pressão do JURIS foi crescente a cada minuto. A OAB se segurava e tentava sair no contraataque, sempre bem marcado pela defesa do JURIS. Pegado ainda fez duas defesas importantes, mas não conseguiu segurar um chute a queima roupa de Wildson, que fez com que o JURIS tivesse mais tranquilidade até o fim da partida.

Jogo limpo, tranquilo, sem stress, sem violência e uma expulsão técnica.

A final no dia 29 de junho porá, frente a frente e depois de muito tempo, Kolberg e Gilson, os dois mandatários principais da ASTRA 21. Amigos, amigos. Futebol à parte.

Em jogo sem favorito, que o título venha para quem merecer.   



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