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 Olá boleiros!!!

O segundo turno segue firme com duas rodadas completadas e as tendências começam a se mostrar. Os Masters seguem firmes no seu caminho de vitórias. Já são 19 jogos sem perder. Uma sequência histórica e que prova que a unidade é a melhor estratégia para ser campeão. Este resenheiro não está satisfeito com o que está vendo. A alma de nosso campeonato sempre foi a boa disputa, o interesse, várias equipes iguais ou aptas a chegarem a final. O que eu vejo atualmente é que o nosso campeonato nunca esteve tão desmotivado em 23 anos de história. Jogos sem graça, com um número mínimo de atletas, às vezes somente com um único colega no banco de reservas. Esse tem sido o retrato de várias partidas, o que é ruim para o certame e ruim, inclusive, para a saúde de quem cumpre a obrigação de ir jogar e tem que se desdobrar e correr mais. Estamos falando de um campeonato de MASTERS. Muito embora tenha uma turma na faixa 20 ou 30 anos, a grande maioria é da faixa de 40+. 

No primeiro turno, o último classificado para as semifinais entrou com 09 (nove) pontos!!!! Nunca, jamais e em tempo algum isso tinha acontecido. O sarrafo mínimo sempre foi 11 pontos. Eu sei que quando uma equipe puxa a pontuação para cima, como foi o caso dos Masters no 1º Turno, é natural que os demais tenham uma pontuação menor, mas isso foi uma demonstração de que 03 (três) vitórias de 03 (três) pontos em uma fase classificatória de 07 (sete) jogos é suficiente para passar a outra fase. Isso não existe!!! Em menos jogos do que a metade, a equipe pode se garantir para a semifinal. Cadê a disputa? Cadê a gana de vencer o adversário? Cadê a boa gozação de quem ganha para quem perde? Isso parece que se perdeu! Equipes tradicionais como SEA/REAL e Meia Boca são um átimo do que foram e do que são as suas histórias. O TJ foi um arremedo de time no 1º Turno, mas acordou em tempo e parece que se reforçou muito bem para o restante do campeonato. A bem da justiça, ficam fora desse contexto os Masters e o Parquet, que independentemente no lugar na tábua de classificação, estão bem representados em todos os jogos. Isso não é uma bronca, nem puxão de orelhas, mas, às vezes, é necessário a gente mostrar o óbvio.

A ASTRA 21 cobra das equipes um valor de inscrição pífio para um campeonato tão longo e oferece todas as condições para a prática do futebol. Campo em perfeito estado, bolas novas, arbitragem diferenciada. Todo sábado tem um representante na mesa, algumas vezes permanecendo na sede desde às 7h até às 17h, quando se tem rodada cheia, como ontem. E que ainda há quem tire um tempo do seu domingo para sentar à frente de um computador e fazer a resenha (porque se não fizer, reclamam!!!).   

Enfim! Fica a reflexão com a esperança que podemos mudar tudo isso.     

TJ x PARQUET: Pelos nomes seria um clássico do campeonato do Judiciário. A rigor, um batalhão de militares em campo maior do que se vê na parada do sete de setembro. Nada que o regulamento não permita, então está valendo. Jogo bom! O Parquet com 17 (dezessete) jogadores e o TJ com 16 (dezesseis). Jogo de belos gols, como o chute de Adriano da intermediária abrindo o placar, e o golaço de Martone dando um chapéu a proteger a careca de Fred Carvalho que jogava de bandana. Jair não fez nenhuma falta o jogo inteiro, fato a ser registrado. Gostei do futebol do TJ. Conquistou justos três pontos. Placar TJ 4 x 0 Parquet.

MEIA BOCA x SEA REAL. Um dos mais tradicionais clássicos do Campeonato da ASTRA 21 que se tornou vazio. O placar de 3 x 2 poderia retratar um bom e disputado jogo. Não foi. Um joguinho comum. Porém, o campeonato da ASTRA 21 tem umas coisas inexplicáveis. No gol de cada equipe, atletas que já vestiram a camisa da seleção brasileira. Andrey Nazário (SEA/REAL), campeão mundial Sub20 em 2003 e Alessandro "Geléia" (Meia Boca), seleção brasileira de Futebol de Areia em 2007. Onde se vê um campeonato amador com esse nível? Destaque para os 02 (dois) gols de Geléia, tornando-se o primeiro goleiro a marcar dois gols numa partida do nosso campeonato.  Também é destaque o belo chute da intermediária de Walter (MB), abrindo o placar para o seu time. A resenha brinca chamando Walter de "Waiter", o garçom. Ontem ele foi muito mais que isso, dentro e, principalmente, fora de campo. Atitude digna de quem é solidário e tem sensibilidade. Final MB 3 x 2 SEA/REAL.

SUPERMASTERS x RFC. Cada equipe com 10 (dez) jogadores a sua disposição. Não é o número perfeito, mas é o mínimo que se espera de um time que participa de um campeonato. O Supermasters trouxe novidades como Emerson Antas e Henrique Hélio, que já jogaram na ASTRA 21, e Ivan Bronze, bom zagueiro que mostrou categoria. Mas não foram suficientes para evitar a goleada. O RFC também estreou Pepê e Felipe Kalieniewicz e este chegou com fome de gols, marcando três. Don Rifo voltou a marcar e pediu para que fosse registrado na resenha (Pronto, Rifo! Requerimento deferido). Também digno de registro o belo gol de Luiz Claudio da intermediária e indo morrer no ângulo do gol da piscina. No fim, um placar de pelada mirim nas areias da praia do Forte. RFC 9 x 4 Supermasters.

MASTERS x PIRATAS. Dois tempos e duas realidades. Enquanto o primeiro foi um jogo parelho e que terminou com a vantagem dos atuais campeões por 1 x 0, no segundo a porteira abriu. Os Masters fizeram 6 x 0 e os Piratas tiraram o dedo no fim do jogo, fazendo seu gol de honra, para desespero de Higor que não gosta de levar gol. Estréia de Daniel Ricarte pelos Piratas, em mais uma negociação ocorrida depois do fim do 1º Turno. Placar final: Masters 6 x 1 Piratas.

Próxima semana voltamos ao normal com apenas dois jogos. TJ x Supermasters e Parquet x RFC.